O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou o adiamento do prazo para que a Polícia Federal (PF) assuma a tarefa de fiscalizar as licenças de colecionadores de armas, atiradores e caçadores (conhecidos como CACs). A fiscalização, que atualmente é feita pelo Exército, seria passada à PF em janeiro de 2025, mas o prazo será estendido em pelo menos seis meses.
“Nós tínhamos mais que uma expectativa, tínhamos uma obrigação, estabelecida em decreto, que assumiríamos o controle dos CACs. No entanto, com essa redução das despesas, o teto de gastos, não conseguimos as verbas necessárias este ano. Precisamos de novos policiais, novos equipamentos, computadores, pessoal administrativo. Isso não foi possível realizar este ano”, reconheceu Lewandowski a jornalistas na quinta-feira 5.
A afirmação veio no mesmo dia em que o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, se reuniu com jornalistas para apresentar um balanço das atividades em 2024. Ele destacou números superlativos das atividades da corporação, mas cobrou mais verba para o ano que vem.
“Estamos em negociações com o Planejamento, com a Fazenda e com outros ministérios responsáveis pelo orçamento, para que no início do ano possamos prover os concursos necessários, adquirir os equipamentos, obter as verbas necessárias para que possamos assumir, de fato, com toda eficiência necessária, o controle dos CACs”, complementou Lewandowski.
Na manhã desta sexta-feira foi confirmada a autorização para realização de novo concurso da PF. A publicação no Diário Oficial da União (DOU) informa a abertura de 192 novas vagas, em 11 cargos diferentes.