As indicações de Ainda Estou Aqui para os prêmios de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, além da indicação da atriz Fernanda Torres na categoria de Melhor Atriz, fizeram o Brasil voltar à disputa do Oscar, a principal premiação do cinema mundial.

O Brasil jamais venceu qualquer categoria do Oscar, mas suas produções já estiveram presentes nas listas de indicados em diversas categorias. Há casos em que produções 100% nacionais marcaram presença nas relações, enquanto outras, apesar de terem sido gravadas no Brasil, representam outros países.

Um dos casos mais emblemáticos é o de Orfeu Negro (1959), a clássica produção baseada na obra Orfeu da Conceição, escrita por Vinicius de Moraes e que conta com músicas de Antônio Carlos Jobim e Luiz Bonfá. Produzido pela França, pela Itália e pelo Brasil, o filme dirigido por Marcel Camus venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional em 1960, mas representou a França.

O Pagador de Promessas (1962), dirigido por Anselmo Duarte, recebeu a indicação a Melhor Filme Estrangeiro em 1963 e foi a primeira produção nacional a concorrer em Hollywood. Na década seguinte, Raoni (1978) foi indicado ao prêmio de Melhor Documentário, em 1979.

Na década de 1980, o Brasil foi indicado em apenas um ano, mas a escolha foi impactante. O Beijo da Mulher Aranha, dirigido por Hector Babenco, foi selecionado em 1986 para as seguintes categorias: Melhor Diretor, Melhor Ator (para William Hurt) e Melhor Roteiro adaptado. O filme é uma produção brasileira e norte-americana.

Já na década de 1990, o Brasil teve três indicações para o prêmio de Melhor Filme Internacional: O Quartilho (1996), dirigido por Fábio Barreto e que conta com a presença de Fernanda Torres; O que é isso, companheiro? (1998), de Bruno Barreto; e Central do Brasil, dirigido por Walter Salles, que também contou com a indicação de Fernanda Montenegro na categoria de Melhor Atriz.

O início dos anos 2000 trouxe ao Brasil a indicação de Uma História de Futebol ao prêmio de Melhor Curta de Ficção em 2001. A produção conta a história do jogador Pelé.

Já em 2004 o fenômeno Cidade de Deus, do diretor Fernando Meirelles, recebeu quatro indicações: Melhor Direção, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Montagem e Melhor Fotografia. O filme era bastante cotado para ser premiado, mas acabou não levando nenhuma estatueta. 

Anos depois, o Brasil acumulou mais quatro indicações, antes de chegar à edição de 2025. Em 2011, Lixo Extraordinário concorreu ao Oscar de Melhor Documentário. Em 2015, a mesma categoria contou com a participação de O Sal da Terra, que narra a trajetória  do fotógrafo Sebastião Salgado. Já em em 2016, O Menino e o Mundo disputou em Melhor Animação. 

A produção Democracia em Vertigem fecha a lista, indicada à categoria de Melhor Documentário em 2020. Dirigido por Petra Costa, narra os bastidores políticos dos últimos anos no Brasil, com a derrubada da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e a ascensão da extrema-direita.

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Last Update: 23/01/2025