FGV: Lucro dos pequenos negócios atinge recorde histórico no fim de 2024

O lucro dos pequenos negócios brasileiros alcançou um patamar inédito no encerramento de 2024, de acordo com um estudo recente da FGV Social. A análise, baseada em dados do Programa Acredita no Primeiro Passo, revelou que, até fevereiro de 2025, os empreendedores movimentaram 726,42 milhões de reais em mais de 87 mil operações de crédito.

O Banco do Nordeste (BNB) se destacou como o principal parceiro financeiro do programa, respondendo por mais de 86 mil contratos e um montante de 720,8 milhões de reais em financiamentos. Outras instituições que também participaram foram o Banco da Amazônia (Basa), com 565 operações e 2,26 milhões de reais em crédito, além das agências de fomento dos estados do Pará, Piauí e Rio Grande do Norte.

Para Marcelo Neri, pesquisador da FGV e responsável pelo estudo, o empreendedorismo está consolidando um novo caminho de ascensão social, ao lado do tradicional emprego formal. “A gente, quando olha as séries, vê que o lucro do pequeno negócio está subindo. Nunca foi tão alto quanto no final de 2024, que é o último ponto da série”, disse. “Não apenas as fotografias, mas as trajetórias individuais do trabalhador em geral, e do empreendedor em particular, apresentaram a menor probabilidade de regressão da série histórica”, completou Neri.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou o papel fundamental das políticas públicas na ampliação do acesso ao crédito e na capacitação de quem empreende. “Quando políticas públicas capacitam e incentivam quem busca seu sustento por conta própria, criamos um ciclo virtuoso: mais empregos informais se formalizam, mais talentos se realizam e o país cresce com justiça social“, afirmou.

Apesar dos avanços, Neri alertou para a necessidade de ampliar o suporte ao empreendedorismo, sem negligenciar a importância do trabalho com carteira assinada, que garante estabilidade e benefícios essenciais. Segundo ele, programas como o Acredita precisam ser expandidos para criar um ambiente mais favorável a pequenos e médios empreendedores.

Eu diria que talvez esse seja o grande desafio: não só políticas para a base da distribuição, mas para o meio da distribuição, para incentivar a inserção produtiva da chamada Classe C, que também esteve em alta em 2024”, destacou.

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