O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou a proposta do Ministério do Trabalho e Emprego para a distribuição de R$ 12,9 bilhões aos trabalhadores, referentes ao resultado do fundo.
O valor representa 95% do lucro total contabilizado pelo FGTS no período, em um total de R$ 13,6 bilhões.
Os valores devem ser creditados nas contas vinculadas ainda neste mês, uma vez que a Caixa Econômica Federal está autorizada a realizar os depósitos a partir da deliberação do Conselho Curador. Contudo, o prazo legal para o repasse, no entanto, se estende até 31 de agosto.
Entre 2016 e 2023, a média anual da distribuição de resultados foi de R$ 10,3 bilhões. No ano passado, quando o FGTS registrou o maior lucro da sua história, referente ao exercício de 2022, foram distribuídos R$ 15,2 bilhões aos trabalhadores.
As contas vinculadas ao FGTS terão rentabilidade de 6,05% (TR + 3% ao ano + distribuição de resultados), percentual superior ao IPCA, índice que mede a inflação e cujo acumulado no ano foi de 4,83%.
O reajuste será aplicado em 235 milhões de contas, beneficiando 134 milhões de trabalhadores que apresentavam saldo positivo em 31 de dezembro do exercício.
A arrecadação total contabilizada pelo FGTS foi de R$ 175,4 bilhões em 2023 e alcançou R$ 192 bilhões em 2024, representando um crescimento de 9%. Já os saques aumentaram 15% em relação a 2023, impulsionados principalmente pelo saque-aniversário e por eventos extraordinários, como o saque-calamidade no Rio Grande do Sul.
Em contrapartida, a arrecadação líquida (diferença entre arrecadação e saques) teve uma queda de 13%, impactada sobretudo pelo saque-aniversário. Em 2023, a arrecadação líquida foi de R$ 33,1 bilhões; em 2024, recuou para R$ 28,7 bilhões.
O ativo total do FGTS em 2024 é de R$ 770,4 bilhões, dos quais R$ 552,2 bilhões estão alocados na carteira de crédito.