Polícia tenta conter torcedores do Paris Saint Germain após título na Champions League

Após a vitória histórica do Paris Saint-Germain (PSG) sobre a Inter de Milão na final da Liga dos Campeões, as comemorações tomaram as ruas de Paris e outras cidades da França.

Entretanto, as celebrações se transformaram em cenas de caos e violência, resultando em duas mortes, mais de 500 detenções e centenas de feridos. O ministério do Interior francês reportou que até o final de domingo, 1º de junho, 559 pessoas haviam sido presas, 491 delas em Paris, onde a maior parte dos tumultos aconteceu.

Entre os feridos, estão 22 membros das forças de segurança e sete bombeiros.

Na Avenida Champs-Élysées, onde se concentraram os festejos, vários abrigos de ônibus foram destruídos e projéteis foram lançados contra a polícia de choque, que respondeu com gás lacrimogêneo e canhões de água para tentar dispersar a multidão.

A violência também se espalhou com mais de 200 carros sendo incendiados, além de centenas de incêndios em vários pontos da cidade.

Alegações de que parte dos distúrbios foi orquestrada por imigrantes ou grupos marginalizados foram amplamente divulgadas pela extrema-direita. Esses discursos foram alimentados por movimentos que se opõem ao multiculturalismo e tentam utilizar eventos como o tumulto para intensificar a retórica contra os imigrantes, sugerindo que o caos nas ruas é uma consequência direta da entrada de estrangeiros pobres.

O Ministro do Interior da França, Bruno Retailleau, declarou que os episódios de violência não refletem o comportamento dos verdadeiros fãs do Paris Saint-Germain Football Club, destacando que é “insuportável” que não se possa “celebrar sem temer a selvageria de uma minoria de criminosos que não respeitam nada”.

Retailleau ressaltou que os legítimos torcedores do PSG estão empolgados com o excelente desempenho da equipe, enquanto uma minoria de indivíduos violentos tomou as ruas de Paris para cometer crimes e confrontar a polícia.

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Last Update: 01/06/2025