A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lançaram, nesta quinta-feira (29), duas publicações com foco na valorização da Caixa Econômica Federal e na defesa dos direitos dos trabalhadores do setor bancário. Os materiais — Caderno dos Estados 2025 e a Agenda Político-Institucional — foram apresentados durante evento em Brasília.
Produzido com apoio do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Caderno dos Estados destaca o papel estratégico da Caixa no desenvolvimento econômico e social do país. Segundo o levantamento, o banco conta atualmente com 3.258 agências em todo o Brasil e emprega cerca de 83 mil pessoas, sendo a maior instituição financeira pública da América Latina.
Em 2024, a Caixa foi responsável pelo pagamento de mais de R$ 404 bilhões em benefícios sociais, incluindo programas como o Bolsa Família e o Auxílio Gás. O banco também lidera o mercado de financiamento habitacional, com 69% de participação e um total de R$ 932 bilhões em operações ativas.
Já a Agenda Político-Institucional mapeia 131 propostas em tramitação no Congresso Nacional que afetam diretamente os empregados da Caixa e a estrutura dos bancos públicos. Entre os temas abordados estão saúde e previdência, jornada de trabalho, impactos da inteligência artificial, negociação coletiva, e questões tributárias como a dedução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no Imposto de Renda.
Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, os dados reforçam a necessidade de manter a Caixa como uma instituição 100% pública. “Defender a Caixa é garantir que ela continue sendo um instrumento de promoção do desenvolvimento social e econômico do Brasil. Diferente das instituições privadas, a missão da Caixa não é apenas gerar lucro, mas ampliar o acesso da população a direitos e oportunidades”, afirmou.
As publicações têm como objetivo orientar o debate público, fortalecer o diálogo com o Legislativo e alertar gestores municipais e estaduais sobre os impactos das decisões políticas na atuação da Caixa e na vida dos trabalhadores do setor financeiro.
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