
Por Rayani Camargo e Tatiane Maria
Da Página do MST
A 2ª Feira Estadual da Reforma Agrária em Goiás foi encerrada neste domingo (14), na Praça Universitária, em Goiânia, consolidando-se como um importante espaço de encontro entre o campo e a cidade e de fortalecimento da Reforma Agrária Popular. Ao longo de dois dias de atividades, a feira transformou o centro da capital em um território de resistência, partilha e celebração da agricultura camponesa.
O evento contou com a participação de 19 expositores, reunindo famílias assentadas e acampadas de diversas regiões do estado. Ao todo, foram 214 itens comercializados, incluindo alimentos produzidos sem agrotóxicos, sementes crioulas, artesanato e 18 pratos da culinária da terra, reafirmando a diversidade e a qualidade da produção camponesa.

Além da produção de alimentos, a feira também apresentou 40 espécies de plantas e uma intensa programação cultural, com apresentações de capoeira e coco, fortalecendo os vínculos entre cultura popular, identidade camponesa e luta social. Durante os dois dias de festa, a iniciativa promoveu trocas de saberes e experiências entre produtores e a população urbana.
A feira é um espaço fundamental para dialogar diretamente com a sociedade e explicar que a produção de alimentos saudáveis nasce da luta pela terra. Até chegar ao assentamento e à produção, existe um processo que começa com a ocupação do latifúndio e com a organização coletiva. É isso que apresentamos aqui: alimento, cultura e luta caminhando juntos”, afirma Gilvan Rodrigues, da Coordenação Nacional do MST.
A 2ª Feira Estadual da Reforma Agrária também se destacou pela ampla articulação política, reunindo 18 parceiros políticos, quatro movimentos sociais, quatro movimentos sindicais e cinco universidades, reforçando a importância da unidade entre campo, cidade, trabalhadores e instituições públicas na defesa da soberania alimentar.
Ao final do evento, as famílias retornaram aos seus acampamentos e assentamentos em todo o estado de Goiás levando consigo o fortalecimento da produção coletiva e novas perspectivas para a continuidade da luta pela terra e pelo alimento saudável.

A organização da feira já anunciou a construção da 3ª Feira Estadual da Reforma Agrária, prevista para 2026, reafirmando o compromisso com a Reforma Agrária Popular e com a democratização do acesso à terra e à produção de alimentos.
Lutar, construir Reforma Agrária Popular!