Os feedbacks ganharam papel central na gestão de pessoas em um mercado marcado por mudanças frequentes nas rotinas de trabalho. Mais do que avaliar entregas passadas, líderes passaram a usar esse recurso para orientar trajetórias profissionais, alinhar expectativas e reduzir ruídos na comunicação com suas equipes.
Para Renato Trisciuzzi, especialista em liderança e compliance e autor de “Os 4 pilares da liderança imbatível”, o uso adequado de feedbacks define a capacidade de um gestor em desenvolver pessoas. Segundo ele, liderar envolve criar condições para que o outro avance com clareza, responsabilidade e consistência ao longo da carreira.
Feedbacks de direcionamento
Os feedbacks de direcionamento esclarecem prioridades, metas e critérios de avaliação. Eles ajudam o profissional a entender o que se espera de sua atuação e quais resultados devem ser alcançados.
De acordo com Trisciuzzi, a ausência de orientação costuma gerar retrabalho e perda de foco. Quando o caminho é explícito, o esforço tende a ser melhor distribuído.
De fortalecimento
Esse tipo de feedbacks destaca comportamentos e competências que geram impacto no trabalho. O objetivo é reforçar práticas que devem ser mantidas e ampliadas.
Para o especialista, reconhecer pontos fortes com precisão contribui para a construção de confiança e para a repetição de atitudes que produzem resultados.
De ajuste
Os feedbacks de ajuste tratam de correções necessárias para a evolução profissional. O foco está em comportamentos observáveis e em alternativas para melhoria.
Segundo Trisciuzzi, esse retorno deve ser direto e respeitoso, deixando claro que a intenção é promover aprendizado e alinhar expectativas, e não punir.
Feedbacks de desenvolvimento
Voltados ao futuro, esses feedbacks ajudam o profissional a visualizar próximos passos na carreira. O líder atua como orientador ao indicar caminhos técnicos, comportamentais ou estratégicos.
Esse tipo de conversa, afirma o autor, contribui para preparar o liderado para novas responsabilidades e funções dentro da organização.
Feedbacks de autonomia
Os feedbacks de autonomia transferem responsabilidade e ampliam o espaço para tomada de decisão. Eles vêm acompanhados de critérios claros e acompanhamento contínuo.
Para Trisciuzzi, líderes que estimulam autonomia formam profissionais capazes de analisar cenários, propor soluções e sustentar decisões.
Ao longo do tempo, os feedbacks deixam de ser eventos pontuais e passam a integrar a rotina de gestão. Para Renato Trisciuzzi, empresas que incentivam esse processo constroem relações de confiança e fortalecem a capacidade de desenvolvimento interno das equipes.