PF prende general
O general era vice de Bolsonaro na chapa derrotada em 2022. Ele é alvo do inquérito do golpe, que a Polícia Federal concluiu em novembro. A PF diz que ele tentou atrapalhar as investigações. Defesa do general ainda não se pronunciou.
A Polícia Federal prendeu o general Walter Souza Novo, alvo do inquérito que apura uma tentativa de golpe de estado.
A PF também fez buscas na casa dele e apreendeu o seu celular. Ele foi levado preso de sua casa no Rio, em Copacabana, para ficar sob custódia do Exército.
O general Novo é general da reserva do Exército. Ele também foi ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo de Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice na chapa com o ex-presidente que perdeu a eleição de 2022.
Em novembro, a Polícia Federal indiciou Novo, Bolsonaro e outros nomes do governo passado por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
A investigação apontou uma organização estruturada e coordenada para tentar manter Bolsonaro no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores radicais do ex-presidente invadiram prédios do Congresso, do Judiciário e do Executivo em Brasília.
A defesa de Novo ainda não se pronunciou. Em novembro, depois de ser indiciado, Novo disse que “nunca se tratou de golpe”.
Ao pedir a prisão preventiva de Novo, a PF argumentou que a liberdade de Novo representa um risco à ordem pública devido à possibilidade de voltar a cometer ações ilícitas.
RESUMO – A Polícia Federal diz que Novo:
- Teve participação relevante nos atos criminosos.
- Coordenou ações ilícitas executadas por militares com formação em Forças Especiais.
- Entregou dinheiro em uma sacola de vinho para financiar as operações.
- Tentou obter dados sigilosos do acordo de colaboração de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
- Tentou controlar as informações fornecidas e alinhar versões entre os investigados.
- Teve ação efetiva na coordenação das ações clandestinas para tentar prender e executar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Esses pontos foram considerados na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva de Novo.