Neste domingo (25), o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, publicou nas suas redes sociais que solicitou ao Ministério da Defesa, a pedido do presidente, apoio de aeronaves para auxílio no combate às queimadas que assolam dezenas de municípios do interior do Estado de São Paulo.
- 01 Aeronave KC-390, da Força Aérea;
- 03 Aeronaves, do Comando de Aviação do Exército Brasileiro.
“Atendendo orientação do Presidente, visando apoiar as ações do estado de São Paulo no combate às queimadas que atingem dezenas de municípios paulistas, solicitamos ao Ministério da Defesa a mobilização de apoio com aeronaves para combate e monitoramento de áreas atingidas”, colocou Góes.
Apoio
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em ato no sábado em São Paulo, ofereceu apoio ao estado para iniciativas que visem o combate e a prevenção de incêndios. Nas suas redes, ela reforçou a disponibilidade e disse que entrou em contato com o governador do estado.
“Conversei esta noite com o governador Tarcísio de Freitas para prestar minha total solidariedade ao Estado de São Paulo, especialmente às famílias das vítimas e a todas as pessoas que estão sofrendo com os gravíssimos incêndios. O número de focos de incêndio, as cidades em estado de alerta máximo e o avanço da destruição e dos riscos apontados pelo INPE exigem respostas rápidas e coordenadas entre todas as instâncias de poder. Reforcei ao governador que estamos à disposição para enfrentarmos conjuntamente essa situação, intensificada pelos fortes ventos e pela seca”, disse.
Emergência em SP
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil em São Paulo, na última atualização de sábado (24), 36 cidades eram monitoradas em alerta máximo para queimadas, sendo que 24 tinham focos ativos de incêndio.
Emergências pelo Brasil
Não é só em São Paulo que as queimadas tem ocorrido de forma assustadora. Nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a área do Pantanal, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ), já teve mais de 2 milhões de hectares destruídos (13,46% de sua área) em queimadas neste ano.
Mudanças climáticas
A combinação agronegócio e mudanças climáticas já demonstrou que irá trazer sérias consequências para a sociedade. Com o modelo de produção baseado na monocultura em grandes faixas de extensão, a propagação do fogo fica facilitada em um ambiente de secas prolongadas provocadas pelas alterações no ciclo natural do clima.
A necessidade de repensar o modelo de agricultura se faz urgente, ao passo que a proteção do meio ambiente com áreas de preservação permanente deve ser colocada como prioridade pelos entes federativos.