O Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) manteve as taxas de juros do país inalteradas na faixa entre 4,25% e 4,50% pela segunda reunião consecutiva, mas sinalizam que as preparações para enfrentar uma inflação mais alta e um crescimento mais lento já foram iniciadas.

A pausa no ciclo de ajustes está em vigor desde janeiro, após uma sequência de cortes realizados no final de 2024 que reduziram os cuistos de empréstimos em um ponto percentual.

Segundo o The New York Times, as autoridades não mudaram os prognósticos em torno de mais dois cortes dos juros em próximas reuniões.

“O tom esperado pelo mercado era mais hawkish e o mercado imaginava que o Fed fosse trazer mensagens de perspectivas de maior alta em relação a juros, em relação a inflação, em relação ao aumento de gastos e assim por diante, visto as ações do Trump em relação à tarifas e outras coisas que acabam mexendo com o mercado e trazendo instabilidade. Mas o que foi visto pelo Fed não foi isso. Então, o mercado interpretou de forma até positiva”, explica Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

Embora a interpretação tenha sido favorável, Cohen diz que os dados de expectativa de inflação subiram, o que torna inviável um ciclo de três quedas dos juros até o final do ano.

Contudo, o economista alerta que a possibilidade de recessão econômica (“já teve instituição falando de 40% de chance de recessão nos Estados Unidos”) pode levar o Fed a mudar sua estratégia mais rápido do que as próprias estimativas do mercado.

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Last Update: 19/03/2025