Fechamento da USAid coloca vida de milhões em risco

A decisão de Donald Trump em suspender as atividades da USAid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) por 90 dias já começa a gerar efeitos desastrosos em diversos países, mas também abre uma janela para a China ocupar esse espaço.

Reportagem do jornal britânico The Guardian destaca o caos da suspensão de 90 do financiamento da agência responsável por 40% da ajuda externa global: funcionários trancados para fora dos escritórios, remessas deixadas para apodrecer e assistência interrompida.

O presidente dos Estados Unidos pretende fundir a agência com o Departamento de Estado, alinhando os gastos com as prioridades e diminuindo sua força de trabalho.

Porém, analistas ouvidos pela publicação britânica afirmam que a decisão de Trump oferece à China uma oportunidade preciosa para expandir a sua influência no momento em que os dados econômicos chineses mostram um país com economia um pouco mais enfraquecida.

O GGN vai produzir um novo documentário sobre os crimes impunes da Operação Lava Jato. Clique aqui e saiba como apoiar o projeto!

Ao mesmo tempo, programas de desenvolvimento assistidos pela USAid estão em pânico e em alerta por conta dos riscos de aumento de fome, morte e doença. A administração Trump já enfrenta processos judiciais movidos por sindicatos de servidores públicos e associações que apontam a ilegalidade e a inconstitucionalidade do fechamento da USAid.

A revista Time listou algumas das implicações da suspensão dos recursos da agência norte-americana:

  • Escolas para meninas do quarto ao sexto ano estão sendo fechadas no Afeganistão
  • Famílias estão retornando para bairros destruídos em Gaza sem acesso a água limpa, abrigo ou provisões.
  • O financiamento para professores e suprimentos em Uganda acabou.
  • Toneladas de sementes estão atualmente em um depósito no Haiti em vez de serem distribuídas aos agricultores.
  • Clínicas de saúde materna e planejamento familiar no Malawi estão fechadas.
  • Em Bangladesh, a assistência alimentar para refugiados será cortada pela metade em março e acabará completamente em abril.

O World Food Programme (Programa Alimentar Mundial) chegou a anunciar a necessidade de obter US$ 404 milhões para atender 80 milhões de pessoas em 80 países, mas a situação está transformando muitas conjunturas em situações desesperadoras.

Leia Também

Artigo Anterior

Ricardo Salles mira Senado

Próximo Artigo

João Campos avança no PSB e mantém tradição familiar

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter por e-mail para receber as últimas publicações diretamente na sua caixa de entrada.
Não enviaremos spam!