Resultado representa uma queda de 61% em relação à média histórica para o mês
O Brasil alcançou uma redução histórica no número de queimadas registradas no mês de agosto. Os dados foram levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o relatório, em agosto deste ano foram contabilizados 18.451 focos de calor, o menor índice desde o início do monitoramento, em 1998.
O resultado representa uma queda de 61% em relação à média histórica para o mês (47.348 focos) e de 13,8% em relação ao recorde anterior, registrado em 2013 (21.410). Esta é a primeira vez que o número fica abaixo de 20 mil focos no período.
A queda nas queimadas teve início em 2023, primeiro ano do governo Lula, em comparação com anos anteriores. Em 2024, no entanto, período marcado por queimadas de origem criminosa e propositais, o número voltou a crescer.
O governo federal reforçou as ações e os resultados positivos firmam tendência, como no mês de agosto. Em julho, a queda de queimadas havia sido de 61% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Redução anual
Além da queda no mês de agosto, o Brasil também registrou redução significativa, perto de 72%, nas áreas afetadas por queimadas florestais neste ano. É o que revela o LASA (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que aponta queda de 10,3 milhões hectares, até agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024. É o menor índice já registrado, desde 1998, revela o INPE.
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A tendência de queda nos índices de queimadas começou a partir de 2023, com o reforço às ações governamentais. Mas em 2024 verificou-se um aumento pontual, sobretudo em razão de ações criminosas, com 30,8 milhões de hectares de áreas verdes absorvidas pelo fogo.
Alerta para os próximos meses
Em reunião do Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais, realizada em meados de agosto, foi apresentada a probabilidade de fogo para os três meses seguintes. Para o período analisado, há 339 municípios em alerta alto e outros 510 em alerta, em especial nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
Com o aumento do orçamento destinado ao combate a queimadas e ampliação do número de brigadistas, o Brasil avança de maneira significativa na forma como lidar com este fenômeno, atesta o Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais.
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O secretário Nacional de Meio Ambiente do PT, Saulo Dias, destaca que “o governo Lula vem equipando e tratando a política ambiental em sua centralidade de desenvolvimento do país”. Para ele, “ainda temos muito a avançar, mas o resultado positivo é motivo para comemorar, apesar da preocupação com o Cerrado, ainda no foco das queimadas”.
PTNacional, com informações da Agência Gov