O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) usou boa parte do discurso de campanha na tribuna da Câmara para elogiar o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Fiador da candidatura do político paraibano à Presidência da Câmara, Lira deixa o comando da Casa neste sábado 1º.

“O presidente Arthur Lira deixa para nós o maior legado de realizações legislativas e transformações reais na vida dos brasileiros que esta Casa pode oferecer ao país desde Ulysses Guimarães”, afirmou antes de ser interrompido por aplausos dos deputados. “Sua gestão é só comparada ao timoneiro da redemocratização”, completou na retomada do discurso.

Com a vitória encaminhada diante dos acordos firmados antes da eleição, Motta separou apenas poucos minutos para pedir votos e preferiu repetir parte das promessas já feitas ao parlamentares ao longo das últimas semanas. Entre as promessas, o deputado destacou a revisão dos critérios de distribuição de relatorias na Câmara.

“[Prometo] O estabelecimentos de critérios para a designação de relatorias de projetos. A distribuição de relatorias precisa ser mais equilibrada, de modo a oferecer mais oportunidade a deputados menos experientes e com menos protagonismo”, disse. “A multiplicidade de votos devem reverberar em atitudes”, acrescentou ainda sobre o tema.

Ele também indicou que, se eleito, pretende fazer com que mulheres recebam relatorias de projetos essenciais para a economia e segurança pública e não apenas de pautas que tratem do universo ou direitos femininos.

Por fim, Motta enfatizou que pretende ser intransigente na garantia das prerrogativas parlamentares, em especial, na que versa sobre a imunidade dos deputados contra processos e operações policiais. A promessa foi aplaudida pelos pares.

“A garantia das prerrogativas parlamentares é essencial para o fortalecimento do povo, pois cada um de nós está diretamente relacionado aos anseios daqueles que confiaram voto em nós”, concluiu.

Adversários

Motta enfrenta, na eleição deste sábado, os adversários pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel Van Hattem (Novo-RS). As duas candidaturas serviram para marcar posições ideológicas dos dois partidos, à esquerda, no caso do PSOL, e à direita, do Novo.

Nos discursos, o candidato do PSOL disse que seu mandato no comando da Câmara quer priorizar a defesa da democracia e rejeitar a anistia aos golpistas de 8 de Janeiro.

Já Van Hattem afirmou que, se for eleito, pretende perdoar os invasores das sedes dos Três Poderes e pautar o impeachment do presidente Lula (PT).

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Last Update: 01/02/2025