Por [nome do autor]
O Acampamento Canudos, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foi atacado por quatro homens encapuzados e armados no município de Riacho de Santo Antônio, na Paraíba. Os criminosos invadiram a comunidade onde vivem 56 famílias, incendiando barracos e deixando os moradores em desespero.
A mobilização dos acampados para apagar o fogo usando baldes e a água da cisterna que abastece o local foi o que evitou uma tragédia ainda mais devastadora. Das sete casas incendiadas, três foram completamente destruídas.
Fazenda improdutiva
A Fazenda Canudos, de propriedade de [nome do proprietário], tem cerca de três mil hectares e, segundo o MST, estava “improdutiva” e “abandonada” antes da ocupação.
O ataque às famílias está sendo investigado pela Polícia Civil de Queimadas e acompanhado pela Comissão Estadual de Prevenção à Violência no Campo e a Defensoria Pública. A principal suspeita recai sobre um funcionário da fazenda de nome [nome do funcionário], que há pelo menos dois anos se estabeleceu na área e passou a fazer “duras ameaças” contra os trabalhadores rurais.
Solidariedade e colheita
Enquanto a investigação corre, os assentados se concentram na reconstrução de Canudos. A campanha de solidariedade lançada pelo MST dias após o crime tem dado resultado.
As famílias também já retomaram o cultivo do milho, da palma, feijão, e jerimum. E principalmente, a criação de gado e caprinos. Após o susto, os animais já estão livres e correndo soltos e sadios pela comunidade.
Outro lado
O Brasil de Fato tentou entrar em contato com [nome do proprietário] e [nome do funcionário], mas não obteve retorno. Caso queiram se manifestar, o espaço segue aberto.
Edição: [nome da editora]/ BdF