A casa de Nagibe foi a primeira a ser erguida coletivamente pelas famílias do Acampamento Canudos. Foto: Pedro Stropasolas

Por [nome do autor]

O Acampamento Canudos, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foi atacado por quatro homens encapuzados e armados no município de Riacho de Santo Antônio, na Paraíba. Os criminosos invadiram a comunidade onde vivem 56 famílias, incendiando barracos e deixando os moradores em desespero.

A mobilização dos acampados para apagar o fogo usando baldes e a água da cisterna que abastece o local foi o que evitou uma tragédia ainda mais devastadora. Das sete casas incendiadas, três foram completamente destruídas.

As 56 famílias acampadas em Riacho de Santo Antônio começaram a retomar a vida depois do ataque criminoso. Foto: Pedro Stropasolas

Fazenda improdutiva

A Fazenda Canudos, de propriedade de [nome do proprietário], tem cerca de três mil hectares e, segundo o MST, estava “improdutiva” e “abandonada” antes da ocupação.

Sede da Fazenda Canudos está em estado de abandono e sendo tomada pela vegetação. Foto: Pedro Stropasolas

O ataque às famílias está sendo investigado pela Polícia Civil de Queimadas e acompanhado pela Comissão Estadual de Prevenção à Violência no Campo e a Defensoria Pública. A principal suspeita recai sobre um funcionário da fazenda de nome [nome do funcionário], que há pelo menos dois anos se estabeleceu na área e passou a fazer “duras ameaças” contra os trabalhadores rurais.

“Deixou todos nós em choque mas com força para reerguer novamente”, pontua Dona Ivoneide, que perdeu tudo com o fogo. Foto: Pedro Stropasolas

Solidariedade e colheita

Enquanto a investigação corre, os assentados se concentram na reconstrução de Canudos. A campanha de solidariedade lançada pelo MST dias após o crime tem dado resultado.

Famílias que perderam tudo com o fogo vem recebendo doações de todo o Brasil. Foto: Pedro Stropasolas

As famílias também já retomaram o cultivo do milho, da palma, feijão, e jerimum. E principalmente, a criação de gado e caprinos. Após o susto, os animais já estão livres e correndo soltos e sadios pela comunidade.

Outro lado

O Brasil de Fato tentou entrar em contato com [nome do proprietário] e [nome do funcionário], mas não obteve retorno. Caso queiram se manifestar, o espaço segue aberto.

Edição: [nome da editora]/ BdF

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Governo Lula,

Última Atualização: 01/07/2024