Familiares de israelenses capturados pelo partido Hamas protestaram na última terça-feira (18) em frente ao gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netaniahu, em Jerusalém (Al-Quds ocupada), exigindo que o governo retome o acordo de troca de prisioneiros com a Resistência Palestina. Segundo o canal israelense Channel 12, os manifestantes exibiram cartazes com imagens de seus parentes, enquanto outros atos ocorreram diante do Knesset e na colônia Nir Oz, próxima à fronteira com Gaza, após “Israel” reiniciar ataques aéreos na região, quebrando o cessar-fogo de janeiro.
Merav Svirskiy, irmã de Itay Svirskiy, morto em cativeiro, declarou: “a pressão militar mata os prisioneiros vivos e eleva o número de mortes”. Einav Zangauker, mãe de Matan, ainda em Gaza, fez um apelo dramático a Netaniahu: “Matan está vivo e voltará vivo. Se Netaniahu optar por sacrificá-lo, eu também serei uma vítima. Não ficarei em casa esperando notícias de sua morte”. O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos emitiu um comunicado acusando o governo de abandonar os capturados: “O maior medo das famílias e dos cidadãos se concretizou. Escolheram desistir da vida dos reféns”.
O Fórum alertou que retomar a ofensiva antes de libertar os 59 reféns restantes em Gaza – dos quais apenas 24 estariam vivos, segundo a imprensa israelense – pode custar suas vidas. “Reiniciar os ataques antes de resgatá-los custará os 59 que ainda podem voltar”, disseram, rejeitando a ideia de que a operação vise libertá-los: “é uma distração total; a pressão militar põe em risco reféns e soldados”. Eles pediram a Donald Trump que pressione por um novo cessar-fogo, afirmando: “mão haverá segurança ou vitória até o último refém retornar”.

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Last Update: 19/03/2025