Juliana Marins ao lado de seus pais. Foto: Reprodução

A família de Juliana Marins, brasileira encontrada morta nesta terça (24) após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, afirmou que ela não recebeu água, comida ou agasalho enquanto aguardava o resgate. Ela aguardava a chegada de socorro desde o último sábado (21).

A operação de resgate, que envolveu diversos socorristas e equipes da Marinha, foi prejudicada pelas condições climáticas adversas. A família relatou que, apesar dos esforços, o resgate foi interrompido várias vezes devido ao clima.

“Um dia inteiro e eles avançaram apenas 250 metros abaixo. Faltavam 350 metros para chegar na Juliana, e eles recuaram mais uma vez. Mais um dia”, escreveu a família, expressando frustração com a demora e a falta de ação das autoridades.

O governo da Indonésia, por meio da Agência Nacional de Resgate (Basarnas), justificou a demora com as dificuldades de acesso à trilha e com as mudanças repentinas do tempo na região. No entanto, a família de Juliana criticou a falta de um plano de resgate mais eficiente e rápido.

A brasileira Juliana Marins (26), que caiu no último sábado (21) em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia. Foto: Reprodução

As buscas, que começaram no sábado, foram retomadas no domingo (22) e continuaram até segunda-feira (23), sendo interrompidas novamente ao anoitecer devido à falta de visibilidade. “Eles [membros do governo da Indonésia] têm ciência disso, e não agilizam o processo de resgate. Lento, sem planejamento, competência e estrutura”, afirmou a família de Juliana ontem.

O governo local foi alvo de diversas críticas nas redes após a confirmação de sua morte, com internautas brasileiros acusando autoridades de “negligência” no caso.

A trilha onde a brasileira estava registrou 8 mortes e 180 acidentes nos últimos 5 anos. O número de ocorrências quase dobrou no ano passado em relação a 2023.

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Last Update: 24/06/2025