Faleceu, na terça-feira 13, Athos Pereira da Silva, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele contava 77 anos e lutava contra um câncer.
Jornalista e militante, Athos Pereira nasceu em Porto Nacional (TO) e integrou, nos anos 1960, a Ação Libertadora Nacional (ALN), a organização de luta armada contra o regime militar vigente no Brasil entre 1964 e 1985.
Perseguido pela ditadura, Athos se exilou no Chile, no México e na Bélgica. Ele voltou ao Brasil no início dos anos 1980, após a aprovação da Lei da Anistia.
Athos Pereira integrou a Executiva Nacional do PT e foi presidente do Diretório Regional do partido em Goiás, no final dos anos 1980.
Servidor da Câmara dos Deputados nos anos 1990, ele também assessorou vários deputados do partido, a exemplo de Jacques Wagner e Luiz Gushiken.
Athos Pereira chegou a receber a Medalha Mérito Legislativo, em 2018, após iniciativa do Partido dos Trabalhadores na Câmara.
Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte de Athos, dizendo que ele “participou da construção da democracia do Brasil”.
Athos “deixa um legado de trabalho incansável por um país melhor e mais justo”, escreveu o presidente. Lula ainda classificou o jornalista como um “intelectual respeitado no campo progressista brasileiro”.