Fala do presidente da Conmebol é “inaceitável”, critica Paim

O senador Paulo Paim (PT-RS) usou as redes sociais para repudiar a fala racista proferida pelo presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez, durante o sorteio dos grupos das copas Libertadores e Sul-Americana deste ano.

Ao ser questionado sobre a possibilidade da realização da Libertadores sem a participação do Brasil, o cartola afirmou que seria o mesmo que “Tarzan sem Chita”.

A fala ocorreu momentos após Domínguez anunciar, com discurso em português, medidas de combate ao racismo nas competições organizadas pela Conmebol.

“É revoltante e inaceitável a fala do presidente da Conmebol ao comparar os brasileiros à macaca Chita. A declaração reforça a prática de racismo. Esperamos punição e rigor das Confederações. Racismo é crime, inafiançável e imprescritível”, disparou o senador.

Os ministérios do Esporte, da Igualdade Racial e das Relações Exteriores também repudiaram, em nota, as declarações feitas por Domínguez no último dia 17/3.

“As declarações ocorrem em contexto em que as autoridades da Conmebol têm reiteradamente falhado em adotar providências efetivas para prevenir e evitar a repetição de atos de racismo em partidas por ela organizadas, incluindo medidas para combater a impunidade e promover a responsabilização dos responsáveis”, diz trecho da nota.

Governo brasileiro repudia declarações de presidente da Conmebol e falhas da entidade contra o racismo

Casos de racismo no futebol sul-americano

A fala do presidente da Conmebol ocorre no momento em que a entidade tem enfrentado pressão de dirigentes de clubes brasileiros por punições mais severas a prática de atos racistas em jogos de competições sul-americanas.

O caso mais recente ocorreu no começo deste mês, quando o jogador Luighi, do Palmeiras, chorou ao sair de campo após ser alvo de ofensas racistas e de uma cusparada após partida da Libertadores Sub-20 realizada no Paraguai.

A entidade foi criticada após anunciar como punição ao Cerro Porteño, clube dos torcedores que atacaram o jogador brasileiro, uma multa no valor de US$ 50 mil e jogos com portões fechados durante a competição. Dirigentes brasileiros consideraram a resposta da entidade insuficiente para conter novos casos de racismo em jogos.

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