Um bombardeio na Faixa de Gaza causou a morte de 22 pessoas e deixou outras 45 feridas, danificando o escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. A própria organização divulgou essas informações na última sexta-feira (21).
O incidente ocorre enquanto o Exército israelense intensifica seus ataques contra o território palestino. Horas antes, pelo menos 30 pessoas morreram, de acordo com fontes médicas, durante confrontos na fronteira com o Hezbollah libanês, movimento islamista financiado pelo Irã.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, acusou os militares israelenses de atacar tendas de civis deslocados em Al-Mawasi. Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou à AFP que uma investigação inicial não encontrou evidências de um ataque em uma zona humanitária, mas o caso está sendo investigado.
Palestinos também relataram bombardeios no centro do território e em Rafah, no sul. Desde 7 de maio, mais de 1 milhão das 1,4 milhão de pessoas que viviam em Rafah fugiram da região, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com mais de oito meses de conflito, a situação em Gaza é crítica, com a população à beira da fome, de acordo com a ONU.
O conflito começou em 7 de outubro, quando militantes do Hamas invadiram Israel, matando 1.194 pessoas e sequestrando 251. O Exército israelense estima que 116 pessoas ainda estão em cativeiro em Gaza, sendo que 41 delas teriam morrido.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já resultou na morte de pelo menos 37.431 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.