A mobilização da extrema direita venezuelana fracassou nesta quinta (5), véspera da posse do novo mandato do atual presidente Nicolas Maduro. O líder bolivariano assume nesta sexta (10) seu terceiro mandato em um contexto ainda questionado pela oposição do país, que espalhou fakenews sobre prisão de Marina Corina Machado.
Nesta quinta, aliados de Corina, principal líder da oposição venezuelana, disseram que ela foi “violentamente interceptada” e horas depois liberada após participar de protestos golpistas na capital da Venezuela.
O procurador-geral Tarek William Saab, no entanto, negou as afirmações opositoras e afirmou que ela não foi detida, “nem por um minuto”. Não há registros de vídeo da suposta prisão.
A extrema direita tentou mobilizar a população para as ruas e tem usado as redes sociais para tumultuar a cerimônia de posse. Tendo esse pano de fundo, a véspera foi marcada por marchas que testaram a capacidade de mobilização da direita para fazer pressão sobre o governo e das forças de segurança para garantir que nada saia do previsto durante a posse.
As manifestações, no entanto, foram esvaziadas e arrefeceram o ímpeto da extrema direita do país. A oposição venezuelana vem tentando deslegitimar a vitória eleitoral de Maduro em julho do ano passado.
Principal adversário de Maduro no pleito, o ex-candidato da Plataforma Unitária, Edmundo González Urrutia, chegou a fazer um tour por países governados pela direita para tentar fazer uma articulação para exercer pressão sobre o governo de Maduro.
O opositor se encontrou com os presidentes da Argentina, Javier Milei, do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e dos Estados Unidos, Joe Biden, em um esforço de mostrar força política para tentar um golpe no país vizinho.