O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central justificou a interrupção na sequência de reduções na taxa de juros, afirmando que o cenário para a inflação no país se tornou mais desafiador.

Essas informações foram detalhadas na ata da última reunião do Copom, realizada na semana passada e publicada na terça-feira, 25. A reunião marcou o término do ciclo de redução da Selic, que se manteve em 10,50% ao ano.

O órgão justificou que o cenário global é incerto e o cenário doméstico é marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, o que demanda maior cautela.

O documento também sinalizou a possibilidade de ajustes futuros na taxa de juros e destacou que qualquer elevação da Selic será determinada pelo compromisso resoluto com a meta de inflação.

Além disso, a política monetária mais contracionista e mais cautelosa é necessária para reforçar a dinâmica desinflacionária.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reagiu, minimizando a possibilidade imediata de um aumento na taxa básica de juros. Haddad destacou que o documento sugere uma pausa no ciclo de cortes, mas não indica necessariamente futuros aumentos.

“O que é importante frisar é que a diretoria fala numa interrupção do ciclo. E me parece que essa é uma diferença importante a ser salientada”, afirmou.

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Última Atualização: 01/07/2024