O secretário-geral do Hezbollah, Sheikh Naim Qassem, louvou a perseverança e os sacrifícios do povo libanês na guerra contra Israel, que ele denominou Operação Povo do Poder.
“Eu queria fazer um discurso no primeiro dia após o cessar-fogo, mas após ver multidões de pessoas [voltando para casa], optei por ouvir o que elas tinham a dizer e expressar seus sentimentos eu mesmo”, disse ele em discurso televisionado dois dias após o cessar-fogo entrar em vigor.
“Vocês demonstraram perseverança e lutaram, e foram deslocados enquanto seus filhos lutavam, e não pouparam esforços para enfrentar o inimigo”, ressaltou.
Na ocasião, o xeque Qassem destacou que o Hezbollah não desejava uma guerra, mas estava completamente preparado para responder ao início de hostilidades por parte de Israel.
Segundo o representante do Hezbollah, Israel objetivava “eliminar o Hezbollah, devolver os colonos do norte e trabalhar para alcançar um Novo Oriente Médio”, mas o grupo libanês “permaneceu firme na frente e atacou a frente interna do inimigo”.
Ressaltando o fracasso israelense, o xeque Qassem observou como o deslocamento inicial de 70 mil israelenses rapidamente aumentou para incluir centenas de milhares, destacando que a ação do grupo e os planos do líder Sayyed Hassan Nasrallah “efetivamente neutralizaram a agressão da ocupação israelense, respondendo por todos os desenvolvimentos na guerra”.
“A vitória do Povo do Poder excedeu em muito a de julho de 2006”, confirmou o xeque Qassem, declarando que a vitória foi possível “porque impedimos o inimigo de destruir o Hezbollah, impedimos que destruísse a Resistência e o derrotamos porque ele próprio foi forçado a justificar o cessar-fogo [para seu próprio povo]”.