O Exército Brasileiro continua com cinco contratos ativos, totalizando R$ 3,3 milhões, com a empresa Orleans Viagens e Turismo, que está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) por supostas fraudes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Desde 2019, a companhia firmou 13 contratos com a instituição militar, abrangendo períodos tanto da administração de Jair Bolsonaro (PL) quanto do governo atual de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Esses acordos, celebrados por meio de licitações conduzidas pelo Ministério da Defesa, têm como objetivo a prestação de serviços de agenciamento de viagens, além da aquisição de passagens aéreas e rodoviárias. O maior contrato vigente, que permanece ativo, tem o valor de R$ 2,2 milhões.
A investigação da PF envolve também o repasse de R$ 5 milhões pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) à Orleans Viagens e Turismo.
Esse valor foi destinado à compra de 16 salas comerciais em São Bernardo do Campo, São Paulo, entre os meses de março de 2020 e novembro de 2024.
A polícia suspeita que os recursos destinados à empresa tenham origem em valores desviados de aposentados e pensionistas do INSS, com base em descontos irregulares aplicados diretamente nos benefícios dos segurados.
De acordo com a investigação, os repasses podem estar relacionados a uma fraude envolvendo o desconto indevido de valores dos benefícios pagos a aposentados e pensionistas do INSS, que posteriormente seriam repassados à empresa.
A Orleans Viagens e Turismo, no entanto, refuta as acusações e afirma que todos os contratos com o Exército foram formalizados de maneira legal e transparente.
Em nota divulgada pela empresa, a Orleans Viagens e Turismo defendeu sua atuação, afirmando que “a companhia está no mercado há mais de dez anos, prestando serviços para milhares de pessoas físicas, empresas privadas e órgãos públicos.” ]
A empresa destacou que todos os contratos firmados foram cumpridos integralmente, com total transparência, e que foram enviados relatórios, faturas e prestações de contas de maneira adequada.
A investigação da Polícia Federal segue em andamento, com a apuração de possíveis irregularidades envolvendo os repasses de recursos.
Além disso, a atuação do Exército, que mantém contratos com a empresa, está sendo analisada, uma vez que a Orleans Viagens e Turismo segue envolvida em uma das maiores investigações sobre fraudes no INSS dos últimos anos.
Este caso, que envolve contratos governamentais, ações da PF e suspeitas de corrupção, continua a gerar repercussão, com a sociedade aguardando os desdobramentos das investigações.