Na última quinta-feira (1º), o Canal 12 de “Israel” entrevistou Mia Schem, israelense que havia sido mantida prisioneira pelo Hamas durante 54 dias, quando então foi libertada no primeiro acordo de troca de prisioneiros, em novembro de 2023.

Em sua entrevista, ela denunciou que, em abril deste ano, já tendo retornado para “Israel”, ela foi estuprada e drogada dentro de sua própria casa, em Telavive (capital sionista), por um famoso personal trainer israelense.

Ela declarou que “em cativeiro, nos túneis do Hamas, e sem minha mão [machucada], eu tinha esperança. Agora, de repente, estou na escuridão”, afirmando também que “esse foi meu maior medo em toda a minha vida, antes do cativeiro, durante o cativeiro. E aconteceu comigo depois do cativeiro, no meu lugar mais seguro”.

Conforme noticiado pelo jornal The Times of Israel, reproduzindo informações do Canal 12, o israelense suspeito de tê-la estuprado é um uma figura proeminente nas redes sociais, tendo vários clientes famosos, incluindo um ex-primeiro-ministro de “Israel”.

Segundo declaração de Schem à citada emissora, o personal trainer teria abordado ela afirmando ter conexões com Hollywood (isto é, a indústria de cinema dos EUA), prometendo ajudá-la contar a história do período em que foi mantida prisioneira. 

Durante investigação policial, Schem mostrou aos detetives o que seriam indicações físicas do estupro, três das quais ficaram visíveis em seu corpo desde o incidente e duas das quais foram detectadas durante exames médicos, conforme noticiado pelo Yedioth Ahronoth (Ynet News), jornal israelense. Durante interrogatório, em que o suspeito também estava presente, Schem disse que “fiquei grogue por três dias por sua causa”, fazendo referência à alegação de ela ter sido drogada antes da violência.

Após o estupro, os amigos da israelense a encontraram em casa depois que ela passou um tempo com o treinador e outra pessoa, com apenas uma vaga lembrança do que havia acontecido, conforme noticiado pelo The Times of Israel

O jornal informa também, citando relatório policial, que ela então foi levada para um hospital, para que fossem realizados exames médicos, os quais constataram que ela de fato tinha tido relações sexuais, mas das quais ela não tinha memória.

O personal trainer alega sua inocência, mas, conforme noticiado pela imprensa israelense, haveria evidências desfavoráveis a ele. De forma que, apesar de ter sido liberado sob custódia, permanece sendo um suspeito no caso.

A mãe da israelense, Keren Schem, também falou ao Canal 12, descrevendo o estado emocional da filha nos dias seguintes ao alegado estupro. Segundo Keren, sua filha estava pior do que quando ela retornou do cativeiro: “agora eu estava sentindo um tipo de angústia que realmente me assustou”, afirmou a mãe.

A denúncia de Mia Schem, de que teria sido estuprada em sua casa, em Telavive, por um israelense, ocorre após incessante campanha de calúnias contra os combatentes do Hamas e demais combatentes. Eles foram falsamente acusados pelo imperialismo e pelo sionismo de estupros em massa contra mulheres israelenses.

No entanto, Mia Schem jamais fora vítima de violência sexual por parte do Hamas ou qualquer combatente palestino durante os 54 dias que foi mantida prisioneira. Pelo contrário, caso a denúncia se comprove verdadeira, ela terá sido estuprada por um israelense, em Telavive, “Israel”, algo não surpreendente, considerando todos os casos comprovados de estupros e demais formas de violência sexual contra prisioneiros palestinos, homens e mulheres, pelas mãos dos militares e policiais israelenses.

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Last Update: 07/05/2025