O ex-soldado João Silva, que ostenta uma vida de luxo na internet e está sendo investigado por aplicar golpes milionários contra pelo menos 20 pessoas – Foto: Reprodução

O ex-soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), João Silva, está sendo investigado pela Polícia Civil por aplicar golpes financeiros em pelo menos 20 pessoas.

O ex-PM atraía investidores exibindo carros de luxo, como um Porsche 911 Turbo S, avaliado em R$ 2,4 milhões, que teria sido financiado com parcelas de R$ 230 mil. Ele pagou apenas cinco prestações antes de vender o veículo, recebendo R$ 240 mil após deduções.

O ex-PM utilizava seu estilo de vida luxuoso, mostrado nas redes sociais com carros esportivos, viagens internacionais e jantares sofisticados, como chamariz para atrair policiais e profissionais liberais para seus supostos negócios no mercado financeiro. Ele prometia lucros diários de até R$ 20 mil, além de rendimentos fixos de 5% ao mês sobre os valores investidos. João mantinha um escritório de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, para dar credibilidade às suas operações.

Mansão de luxo

Durante cerca de um ano, o suspeito alugou uma mansão no condomínio Mansões, localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O imóvel, avaliado entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões, está entre os mais luxuosos e exclusivos do bairro. Documentos bancários acessados pela coluna mostram que o ex-PM pagava um aluguel mensal de R$ 65,9 mil pelo local.

Mansão de luxo alugada por João, avaliada em mais de R$ 40 milhões e localizada em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro – Foto: Reprodução

O condomínio é conhecido por abrigar celebridades e atletas de renome. Entre seus moradores estão Lucas Paquetá, meia do West Ham, e Vinícius Jr., atacante do Real Madrid. Outro residente famoso é Marcelo Falcão, ex-integrante da banda O Rappa, reforçando o prestígio do endereço.

Golpes e vítimas

Entre as vítimas de João, um ex-colega da PM relatou ter investido R$ 330 mil com a promessa de juros fixos, mas perdeu todo o valor após quatro anos. Outro caso é o de um engenheiro civil que investiu R$ 595 mil e conseguiu sacar apenas por alguns meses antes de ver os pagamentos cessarem. Ambos relataram que foram bloqueados por João nas redes sociais após tentarem recuperar o dinheiro.

João também utilizava sua relação com policiais do Bope, famosos por seu emblema da “faca na caveira”, para reforçar sua credibilidade. O ex-PM usava o símbolo em vídeos motivacionais nas redes sociais, criando uma atmosfera de segurança para atrair mais investidores. Apesar das acusações, ele afirma que sua empresa, Dektos, não quebrou e que as alegações de golpe são infundadas.

Segundo João, grande parte dos investidores eram seus funcionários ou pessoas próximas, e ele alega ter documentos comprovando pagamentos que superam os valores aportados. “Minha empresa segue operando normalmente, e estou tranquilo quanto às acusações”, declarou. Ele também afirmou que algumas das pessoas que o acus

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Last Update: 03/12/2024