Ex-ministros assinam manifesto para isolar a extrema-direita no 1º turno de 2026

Ex-ministros, advogados e intelectuais assinaram um manifesto no qual defendem a formação de uma frente para isolar a extrema-direita nas eleições de 2026. A solução, na avaliação do grupo, passa por unificar o campo democrático para restaurar a dignidade da política e preservar os Poderes.

Entre os signatários estão os ex-ministros Tarson Genro (Educação e Justiça), Aloysio Nunes (Justiça), José Eduardo Cardozo (Justiça), Renato Janine Ribeiro (Educação) e Miguel Rosseto (Desenvolvimento Agrário). O ex-governador do Distrito Federal Cristóvam Buarque também endossou a redação.

Até esta terça-feira 14, o manifesto contava com 70 assinaturas.

O grupo defende estabelecer uma comunicação entre as “múltiplas visões democráticas” para buscar pontos de unidade no primeiro ou, “alternativamente”, no segundo turno de 2026.

Segundo o manifesto, essas frentes, com suas especificidades regionais, devem se pautar por objetivos como bloquear a influência no Congresso Nacional de bancadas fisiológicas; defender uma política interna e externa que unifique o País na transição climática; e rechaçar alianças com partidos ou setores da extrema-direita “ou de quaisquer organizações partidárias que proponham ditaduras de qualquer natureza”.

“Estas novas frentes denunciarão tentativas golpistas, defenderão a identidade laica do Estado, defenderão a profissionalização das Forças Armadas e seus proponentes envidarão esforços desde agora — autônomos, comuns ou associados em rede — para proporcionar múltiplas manifestações e novos manifestos pautados pelos objetivos ora concertados.”

Inelegível em decorrência de duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insiste em se apresentar como candidato para 2026. De olho em seu espólio estão figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além de integrantes do clã Bolsonaro.

Em junho de 2023, o TSE sentenciou o ex-capitão a oito anos longe das urnas por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação devido a uma agenda de julho de 2022 em que reuniu embaixadores estrangeiros para disseminar mentiras sobre o sistema eleitoral brasileiro.

Quatro meses depois, a Corte condenou Bolsonaro por abuso de poder político e econômico nas cerimônias do 7 de Setembro de 2022. Diante desse cenário, a tropa de choque de extrema-direita no Congresso Nacional tenta viabilizar uma anistia para seu líder.

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