
O ex-ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira, prestou depoimento nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) e comentou sobre uma reunião ocorrida no Palácio da Alvorada em 7 de dezembro de 2022, dias após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições.
Segundo o militar, na ocasião, Bolsonaro expôs argumentos sobre supostos prejuízos sofridos por seu governo e abordou possibilidades como a decretação de estado de sítio ou de defesa.
O ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira disse nesta terça-feira (10) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que alertou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a gravidade da decretação de medidas de exceção após a vitória de Lula (PT) nas eleições presidenciais.
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— Folha de S.Paulo (@folha) June 10, 2025
Nogueira relatou que o então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, também estiveram presentes no encontro.
“Depois que terminou a reunião, eu cheguei ao presidente. Eu, pessoalmente, acho que Freire Gomes como estava do meu lado. No mesmo dia. Alertando da seriedade, da gravidade, se ele tivesse pensando em estado de defesa, estado de sítio”, disse o ex-ministro. “A gente conversando ali, uma tempestade de ideias, as consequências de uma ação futura, que eu imaginava que poderia acontecer, se a evolução realmente das coisas fosse em frente”.
O ex-ministro também declarou que, mais adiante, recomendou ao presidente que deixasse o tema de lado.
“Eu conversei: ‘Presidente não se fala mais nisso, homem’. E realmente eu acreditei”, disse Nogueira. “A reunião do dia 14 foi exatamente para fechar questão e não tratar mais nos assunto”.