O general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro (PL), listou o atual chefe da pasta, José Múcio Monteiro, como testemunha de defesa na denúncia sobre a trama golpista de 2022.
A defesa do militar alegou ao Supremo Tribunal Federal que ele sempre foi contrário à conspiração para manter Bolsonaro no poder. Nogueira usa trechos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid para tentar se apresentar como integrante de um grupo de “pessoas moderadas”.
Os advogados argumentam também que o general não constava da relação de autoridades que assumiriam um Gabinete Institucional de Gestão de Crise em caso de sucesso do golpe. O chefe do grupo seria o general Augusto Heleno, com a coordenação geral do general Walter Braga Netto.
A PGR acusa Nogueira de endossar críticas ao sistema eleitoral, instigar a tentativa de golpe e apresentar uma versão do decreto golpista para pedir apoio aos comandantes das Forças Armadas.
O prazo para entrega da defesa da maioria dos denunciados termina nesta quinta-feira 6, mas Braga Netto e o almirante Almir Garnier têm até esta sexta para se manifestar sobre a denúncia.
