Marcos Silva, ex-diretor-geral da Americanas, e a diretora Luana Costa são considerados foragidos pela Polícia Federal (PF).
Ambos estão entre os alvos da Operação Disclosure, deflagrada nesta quinta-feira (27) para combater fraudes contábeis na companhia, que totalizam R$ 25 bilhões. De acordo com informações divulgadas pelo G1, Silva e Luana estão no exterior e terão seus nomes incluídos na lista de Difusão Vermelha da Interpol, a lista dos mais procurados do mundo.
Operação Disclosure
A operação envolve o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão contra ex-executivos das Lojas Americanas. Além disso, a 10ª Vara Federal Criminal determinou o bloqueio de R$ 500 milhões em bens dos envolvidos.
A Polícia Federal fez operação na manhã desta quinta (27), no Rio de Janeiro, contra ex-diretores das Americanas por fraudes nos balanços da varejista que somam R$ 25,3 bilhões. pic.twitter.com/Mf1WWu1XQw
— UOL Notícias (@UOLNoticias) June 27, 2024
De acordo com a PF, a fraude teria manipulado os resultados financeiros da Americanas visando demonstrar um falso aumento de caixa para criar uma valorização artificial das ações da empresa na bolsa – com os números inflados, os executivos recebiam bônus milionários e lucravam ao vender as ações no mercado.
A maquiagem contábil foi detectada em pelo menos duas operações: Risco Sacado, que envolve a antecipação de pagamento a fornecedores por meio de empréstimos bancários, e Verba de Propaganda Cooperada (VPC), incentivos comerciais que, no presente caso, eram contabilizados sem jamais terem existido.
Foram identificados vários crimes, incluindo manipulação de mercado, uso de informação privilegiada (insider trading), associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Caso sejam condenados, os alvos podem pegar até 26 anos de prisão. A força-tarefa envolveu procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A atual administração do Grupo Americanas também colaborou com o compartilhamento de informações da empresa.
Disclosure e fraudes teriam começado em 2007
”Disclosure” é utilizado pela PF para designar um termo do mercado de capitais referente ao fornecimento de informações a todos os interessados na situação de uma companhia, ressaltando a necessidade de transparência das empresas de capital aberto. Também vale ressaltar que as fraudes contábeis nas Lojas Americanas que resultaram em um rombo de R$ 20 bilhões se estenderam desde pelo menos 2007, aponta a investigação da Polícia Federal.
A informação sobre o período das irregularidades foi fornecida pela delação premiada da ex-responsável pela Controladoria da empresa, Flávia Carneiro, que fechou acordo com o MPF (Ministério Público Federal). Além de Flávia, o ex-executivo Marcelo Nunes também assinou uma colaboração. A atual administração do Grupo Americanas também colaborou com o compartilhamento de informações da empresa.
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