A ex-diretora das Lojas Americanas, Helena Maria Silva, uma das principais suspeitas envolvidas em um esquema de fraudes contábeis com prejuízos estimados em R$ 25 bilhões na companhia, desembarcou no Brasil, às 6h45, desta segunda-feira (1).
No último dia 27, a partir da Operação Revelation da Polícia Federal (PF), foi expedido um mandado de prisão preventiva contra Silva, que chegou a ser considerada foragida e teve o nome incluído na lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), que reúne nomes dos mais procurados do mundo.
O G1 informou que a executiva havia deixado o país em 15 de junho, quando viajou para Lisboa, em Portugal. Ontem (30), após ter a prisão revogada, ela apresentou-se a autoridades portuguesas, quando viajou para o Brasil. Ao chegar ao país, Silva foi conduzida à Delegacia Especial da PF, dentro do aeroporto. Conforme decisão judicial, ela teve o passaporte apreendido pela polícia e deixou o local por volta das 7h50.
De acordo com investigação da PF, que contou com a colaboração do Ministério Público Federal (MPF) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a executiva “tomou parte das fraudes ajudando a criar documentos para apresentar à auditoria, de forma a dar suporte ao saldo fictício” da Americanas.
A corporação explicou que as fraudes contábeis são relacionadas a operações de risco sacado e contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), que apontaram indícios da prática do crime de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, também conhecido como “insider trading”, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Para entender o episódio, o jornalista Luís Silva publicou no Jornal GGN o “Xadrez das Americanas, o golpe da década sendo desvendado”. Leia: