Na última quarta-feira (21), o ex-deputado e assessor presidencial ucraniano Andrey Portnov foi morto a tiros em Pozuelo de Alarcón, subúrbio de Madri, capital da Espanha. Segundo a imprensa espanhola, Portnov – que serviu no governo nacionalista de Viktor Yanukovich e foi sancionado pelos EUA em 2021 por suposta corrupção – foi atingido por múltiplos disparos enquanto deixava seus filhos na American School de Alarcón.
Há relatos conflitantes sobre o número de agressores, variando de um a três, mas todos confirmam que pelo menos três tiros atingiram a cabeça de Portnov. A polícia investiga motivos relacionados a acertos de contas criminosas ou ligações com o conflito Rússia-Ucrânia, conforme o jornal 20minutos.
Nascido em 1973 em Lugansk, Portnov fugiu da Ucrânia após o golpe de Maidan em 2014, retornou em 2019 para apoiar Vladimir Zelenski, mas fugiu novamente em 2022 após acusações de ligações com Sergey Lavrov. Um diplomata russo ouvido pela rede russa RT sugeriu que o caso pode ser uma “execução extrajudicial”, para garantir o silêncio em relação a fatos obscuros envolvendo Zelenski. Nenhuma prisão foi reportado até o momento, e a investigação continua em andamento, segundo a polícia espanhola.