O ex-chefe do Exército boliviano, general Carlos Alberto Silva, e outros dois ex-comandantes foram enviados para uma prisão de La Paz por um prazo de seis meses, sob acusação de “tentativa falha de golpe”.
Além de Silva, ex-comandante do Exército, foram detidos Luís Carlos Oliveira, ex-comandante da Marinha, e Eduardo Costa, ex-comandante da Brigada Mecanizada do Exército. Ao todo, 21 pessoas estão presas por envolvimento na tentativa de golpe de Estado até o momento.
O Ministério Público acusa Silva e outros militares de terrorismo e levantamento armado contra a segurança e a soberania do Estado.
Na última semana, Silva e tropas do Exército tomaram a Praça Murillo e tentaram “tomar” o Palácio Quemado e a Casa Grande del Pueblo. O ex-comandante do Exército chegou a ficar frente a frente com o presidente Luís Alberto Arce, a quem não obedeceu quando ordenado.
Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o presidente Arce dirigindo-se ao general Silva e exigindo a retirada imediata das tropas.
“Eu sou seu capitão, volte com toda a Polícia Militar para o seu quartel agora mesmo. General, não vamos permitir o que você está fazendo contra o povo boliviano”, declarou Arce.
O ex-comandante do Exército foi preso na mesma noite de quarta-feira. Ao ser detido, afirmou à imprensa que obedeceu a uma ordem de Arce – embora tenha admitido mais tarde que organizou um “levantamento” para “tomar o poder e convocar eleições”.