Na quinta-feira, 27 de junho de 2024, a Polícia Federal deflagrou a Operação Revelation, visando ex-diretores das Lojas Americanas (AMER3) acusados de envolvimento em fraudes contábeis. A ação policial incluiu mandados de busca e prisão preventiva contra diversos ex-executivos da varejista, destacando-se Mateo Rodriguez e Sofia Rodriguez, ambos foragidos e com mandados de captura internacional emitidos pela Interpol.
Na manhã de sexta-feira (28), Rodriguez foi preso pela Interpol em Madri, na Espanha. Segundo a Interpol espanhola, a prisão foi feita pela unidade de fugitivos da Polícia Nacional da Espanha.
As Lojas Americanas foram alvo de uma operação da Polícia Federal que revelou um esquema de fraudes contábeis estimado em aproximadamente R$25 bilhões. Segundo as investigações, essas manipulações foram supostamente realizadas para inflar artificialmente os resultados financeiros da empresa, beneficiando os executivos envolvidos.
A operação resultou na emissão de dois mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão, todos cumpridos no Rio de Janeiro. Os alvos incluem ex-diretores como Mateo Rodriguez, Sofia Rodriguez, e outros citados pela Polícia Federal. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro de mais de R$500 milhões em bens e valores pertencentes aos ex-diretores investigados. Essas medidas têm como objetivo assegurar eventual ressarcimento de danos decorrentes das práticas fraudulentas alegadas.
Os ex-diretores são acusados não apenas de manipulação de mercado, mas também de outros crimes como o uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Caso sejam condenados, os envolvidos enfrentam penas severas que podem chegar até 26 anos de prisão. As acusações de manipulação contábil, que totalizam bilhões de reais, destacam-se como um dos maiores escândalos corporativos do País, levando as Lojas Americanas a uma situação de recuperação judicial com uma dívida astronômica – mostrando o mito que é a balela de que os capitalistas gerenciam bem seus negócios.
O episódio não apenas provocou uma severa desvalorização das ações da AMER3, mas também deixou milhares de trabalhadores desempregados. A culpa por todo o escândalo, conforme ficou comprovado, é, principalmente, de figuras como Carlos Silva e João Paulo Lima. Ambos, entretanto, não foram atingidos pela PF.