A medida anunciada pelos EUA visa barrar a entrada no país de autoridades que emitam ou ameacem emitir mandados de prisão contra cidadãos americanos por publicações em redes sociais americanas, ou que exijam políticas globais de moderação de conteúdo que ultrapassem sua atividade local, afetando a liberdade de expressão dos americanos.
Rubio afirmou que “estrangeiros que atuam para minar os direitos dos americanos não devem desfrutar do privilégio de viajar para o nosso país”.
Jason Miller, que já foi ouvido em um inquérito comandado por Moraes durante visita ao Brasil em 2021, é também o criador da rede social GETTR, focada em representantes da extrema-direita global, sem moderação para conteúdos falsos ou incitação à violência.
O ministro Alexandre de Moraes aparece como possível alvo da nova política americana. Recentemente, Rubio declarou ao Congresso dos EUA que há “grande chance” de sanções contra Moraes, numa resposta a aliados de Donald Trump e da família Bolsonaro.
O deputado americano Cory Mills chegou a afirmar que o Brasil enfrenta um “alarmante retrocesso nos direitos humanos” e defendeu a punição a Moraes com base na Lei Global Magnitsky, que permite sancionar estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção.
Moraes tem conduzido investigações que incomodam o governo dos EUA, como as que envolvem o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o uso da rede social X, controlada por Elon Musk, com quem Moraes teve embates públicos.
A nova política de restrição de vistos deve se aplicar a autoridades que prejudiquem a liberdade de expressão dos americanos e poderá incluir familiares dos alvos.