Países europeus têm estudado a forma como o Brasil combateu o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), e a campanha do governo federal contra fake news para adotar medidas internas contra desinformação, racismo, misoginia e crimes de ódio espalhados pelas redes sociais. Nos últimos dias, o presidente Lula teve reuniões com líderes da região.
Tiennot Sciberras, conselheiro de imprensa da Embaixada da França no Brasil, afirmou que o presidente francês, Emmanuel Macron, e Lula tiveram “muitas” conversas sobre o tema. “O Brasil está levando sua expertise em várias áreas. Nesta área de combate à desinformação, é o Brasil que está nos puxando”, aponta.
O mandatário também conversou com António Costa, ex-premier português e atual presidente do Conselho Europeu, sobre formas de preservar a soberania em meio a uma ofensiva das big techs. O apelo de Lula tem ganhado força no continente após Musk amplificar a divulgação de fake news e teorias da conspiração no X.
O governo brasileiro tem trabalhado em propostas para tributar grandes empresas de tecnologia e regulamentar o setor no Brasil. Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem discutido a responsabilização das companhias por conteúdos de ódio, fake news e outras publicações criminosas.
“A situação piorou com a mudança de política da Meta, mas já estávamos sendo atacados por Elon Musk há um ano e meio. Como estamos falando de algumas empresas que dominam isso mundialmente, obviamente o mundo deveria se coordenar para ter uma resposta global”, afirmou Jorge Messias, advogado-geral da União, à Bloomberg.
Além das conversas com Macron e António Costa, o governo Lula também planeja lançar, junto do Reino Unido, “projetos conjuntos para construir resiliência pública contra a desinformação”, segundo a Embaixada Britânica em Brasília.
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