Pesquisas indicam que o brasileiro está consumindo mais, com uma alta acumulada superior a 2,29%, no primeiro semestre, segundo a Associação Brasileira de Supermercados. Mas alguns estabelecimentos mostram um crescimento ainda maior, como é o caso do Grupo SuperNosso, que tem à frente o empresário Euler Nejm (foto/reprodução internet), que consolidou um volume 10% a mais do que no mesmo período do ano passado. Com projetos de avançar no interior de Minas e em outros estados, Euler tem planos audaciosos para os próximos anos.
Pesquisas indicam que o consumo melhorou e os supermercados são um termômetro para medir essa subida. O Grupo SuperNosso percebeu essa melhora?
A minha venda está positiva, acima da inflação. Nós estamos com um crescimento de venda nas mesmas lojas, de mais de 10%. Ou seja, é a inflação mais o crescimento real. Então o consumo está realmente bom.
E o que que as pessoas estão procurando mais?
Percebemos que o consumidor está ávido para comprar, mas está concentrando muito na primeira quinzena. Parece que o salário acaba, vai perdendo fôlego.
E que produtos estão sendo priorizados, são os itens essenciais, ou o consumidor está buscando também aqueles itens de desejo?
É exatamente isso. Na primeira quinzena sai o que é essencial, mas sai muitos produtos de desejo. Na primeira quinzena sai muitos produtos de marcas líderes, e depois o pessoal diminui os produtos de desejo e passa-se a procurar por marcas próprias, não líderes, mas de boa qualidade. Procuram menos as marcas famosas, mas também de qualidade.
E como está o SuperNosso?
O SuperNosso está com crescimento real de 2 dígitos, mais de 10% real, e estamos para abrir lojas também. Estamos avançando na região metropolitana. O SuperNosso, e o Apoio Mineiro fecham o ano com 60 pontos de venda na região metropolitana de Belo Horizonte. E agora nós estamos com um plano de começar abrir lojas do SuperNosso no interior.
Tem alguma região que atrai mais?
Não, nós estamos fazendo uma pesquisa para ter unidades em cidades que tenham um poder aquisitivo compatível. Triângulo |Mineiro, Sul de Minas e Zona da Mata.
Com a reforma tributária, abre-se a possibilidade de avançar em outros estados? Fica menos complicado?
Sim. Nós estamos muito confiantes com a reforma tributária, para a equalização entre os estados e os impostos, isto vai nos encorajar de atravessar fronteiras. Já estamos pesquisando, mas não posso adiantar nada ainda. Estamos na fase de pesquisa.
E como o SuperNosso fechou o primeiro semestre? Foi dentro do esperado em relação ao mesmo período do ano passado?
Foi muito superior. Foi o melhor primeiro semestre dos últimos 3 anos. A economia está dando sinais de melhoras para produtos de consumo. Às vezes o que acontece é que o povo tem menos fôlego ou dinheiro para troca de carro, para reforma em casa e tudo, e resolve comer melhor. Isso acontece às vezes, pela limitação de ganho real para adquirir bens, aí come-se melhor. Mas acho que a economia está melhor sim, porque está vindo um pane de mão de obra. Não tem gente para trabalhar, principalmente com essa turma de operações de loja. Está faltando gente. Estou com mais de 300 vagas em aberto aqui na região metropolitana. Ofereço vantagens e mesmo assim está muito difícil. Não tem mão de obra. Temos um plano de trainnee, mas a turma não está ficando. Não sei se são os benefícios do governo, mas a turma não quer trabalhar não.
Qual a projeção para faturamento esse ano?
O grupo está com a projeção de faturamento de R$ 4,5 bilhões, com a distribuidora Deck Minas, o Apoio Mineiro, o SuperNosso e a indústria Raro. Em relação ao ano passado, mesmo deixando de operar as lojas do Carrefour, com o fim do contrato, teremos um crescimento aproximado de 10%. Em termos de faturamento, com o crescimento que principalmente da distribuidora DecMinas, o número no que vem vai ser muito satisfatório. Nós estamos projetando um crescimento acima dos 10%.