EUA tentam evitar ataque da Turquia contra seus mercenários

Antony Blinken declarou, nesta segunda-feira (08), que os EUA estão trabalhando para dissuadir a Turquia de realizar ofensiva militar contra as Forças Democráticas Sírias (SDF) e sua principal organização militar, as Unidades de Proteção Popular (YPG), organizações curdas apoiadas pelos EUA, e que controlam o nordeste do país, a região da Síria mais rica em petróleo. As YPG são, também, o braço armado do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), organização considerada terrorista pela Turquia.

Segundo o Secretário de Estado dos EUA, a resolução proposta pela Turquia, de que “combatentes terroristas estrangeiros” deixem a Síria, “é um processo que levará algum tempo e, enquanto isso, o que não é do interesse de tudo o que vemos de positivo acontecendo na Síria seria um conflito, e trabalharemos muito para garantir que isso não aconteça“. Blinken disse ainda esperar que Donald Trump, presidente eleito dos EUA, que está próximo de assumir o cargo, demonstre um “forte interesse” em garantir que o Estado Islâmico não “mostre sua cara feia novamente”.

Um suposto combate ao Estado Islâmico é utilizado pelos EUA como pretexto para manter tropas norte-americanas na Síria e para apoiar os curdos e controlar, através deles, o nordeste do país.

Buscando se fortalecer, o governo turco busca retirar às SDF e às YPG o controle sobre o território sírio que faz fronteira com a Turquia. Recentemente, Recep Tayyip Erdoğan ameaçou ofensiva militar por parte das forças turcas contra os curdos, caso o Hayat Tahrir al-Sham não consiga obter controle territorial e político sobre a região. O HTS liderou o golpe contra Bashar al-Assad, e é apoiado pela Turquia. Outro grupo armado que participou da ofensiva que resultou no golpe é o Exército Nacional Sírio, também apoiado pela Turquia, e que já iniciou ações militares contra os curdos.

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