Sob pressão da ditadura sionista, o governo norte-americano suspendeu, na última terça-feira (27), a tramitação de vistos para estudantes estrangeiros e intensificou a espionagem de suas redes sociais, visando reprimir o movimento pró-Palestina nas universidades. O Departamento de Estado ordenou às embaixadas e consulados que não agendem novos pedidos de vistos estudantis ou de intercâmbio até novas diretrizes sobre análise de perfis digitais. A porta-voz do secretário de Estado Tammy Bruce, justificou: “o objetivo, como já declararam o presidente e o secretário de Estado Marco Rubio, é garantir que as pessoas que estão aqui entendam o que é a lei, que não tenham intenções criminosas”.
A medida, parte de uma ofensiva contra universidades mais diretamente ligadas ao imperialismo como Harvard, inclui o cancelamento de contratos federais de US$100 milhões (R$570 milhões), segundo a Casa Branca. Uma fonte anônima afirmou: “a administração enviará hoje uma carta às agências federais pedindo-lhes que identifiquem qualquer contrato com Harvard, e se podem ser cancelados ou redirecionados a outro lugar”.
A porta-voz do governo, Karoline Leavitt, declarou ao canal norte-americano Fox News: “o presidente está mais interessado em dar o dinheiro do contribuinte para escolas e programas de comércio, assim como para escolas públicas que promovam os valores de Trump”. Estudantes protestaram em Harvard, com a aluna Alice Goyer dizendo: “todos os meus amigos e colegas estrangeiros, professores e pesquisadores estão em perigo e ameaçados de expulsão”. O estudante britânico Jack afirmou: “os estudantes estrangeiros que estão aqui não sabem o que esperar, e aqueles que estão fora não sabem se poderão retornar”.
A perseguição reflete a força do movimento pró-Palestina, que mobilizou 200 protestos estudantis em 2024, segundo o Movimento pela Justiça na Palestina. A influência sionista, exercida por grupos como a AIPAC, pressiona por repressão, com 30% dos estudantes estrangeiros enfrentando restrições de visto, conforme o Conselho de Relações Exteriores. Japão e Hong Kong ofereceram acolher alunos afetados, disse a ministra japonesa Toshiko Abe: “solicitamos às universidades japonesas que considerem possíveis medidas de apoio”.