Os Estados Unidos impuseram sanções, nesta quinta-feira 18, a mais dois juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) em apoio a Israel, cujo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, enfrenta um mandado de prisão expedido pelo tribunal sediado em Haia.
O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou em um comunicado que os dois juízes, da Mongólia e da Geórgia, votaram no início desta semana contra o recurso de Israel ao TPI.
“Não toleraremos os abusos de poder do TPI que violam a soberania dos Estados Unidos e de Israel e submetem indevidamente cidadãos americanos e israelenses à jurisdição do TPI”, disse Rubio.
“Continuaremos a responder com consequências significativas e tangíveis à guerra jurídica e ao excesso de competências” do tribunal, acrescentou, no comunicado.
Rapidamente, a corte expressou seu enérgico repúdio à medida “contra os juízes Gocha Lordkipanidze (Geórgia) e Erdenebalsuren Damdin (Mongólia)”.
“Essas sanções constituem um ataque flagrante à independência de uma instituição judicial imparcial, que opera de acordo com o mandato que lhe foi conferido pelos Estados” que a integram, afirmou em um comunicado.
Sob as sanções, os juízes estão proibidos de ingressar nos Estados Unidos e ficam bloqueados todos os seus bens ou transações financeiras na maior economia do mundo.
O anúncio se soma às sanções que já haviam sido impostas a nove magistrados e procuradores do TPI.
Em seu recurso, Israel questionava a competência do TPI para investigar supostos crimes cometidos durante a guerra na Faixa de Gaza contra o movimento islamista palestino Hamas.