A postura ambígua dos Estados Unidos em prol de um cessar-fogo entre Israel e Hamas teve novo capítulo na última segunda-feira (19), com a aprovação pelo Departamento de Estado do norte-americano de US$20 bilhões em armas para o governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu.

Ao passo que este valor será liberado para caças F-15, munição e tanques, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, tem pressionado pela trégua. Sem apresentar detalhes, ele informou à imprensa que Netanyahu apoia a proposta para a interrupção das hostilidades na Faixa de Gaza – onde em dez meses foram mortas mais de 40 mil pessoas. Eles estiveram reunidos em Israel.

Antony Blinken. Foto: Reprodução

É a nona viagem de Blinken ao Oriente Médio desde o início da Guerra. Nesta terça-feira (20), ele está em Cairo, no Egito, para se encontrar com mediadores do conflito.

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Este verdadeiro genocídio promovido por Israel é acompanhado pelo não cumprimento de resoluções aprovadas no Conselho de Segurança da ONU que já deliberaram pelo cessar-fogo.

De acordo com Blinken, o premiê de Israel disse que enviará equipes para as negociações, em Doha ou Egito. O Secretário disse que agora cabe o Hamas fazer o mesmo.

No novo modelo apresentado na semana anterior, o Hamas discordou dos termos. No entendimento é colocado que a resolução pela paz só corresponde aos interesses de Israel, pois não prevê a retirada total de tropas, muito menos de um cessar-fogo total.

Na medida apresentada em maio pelo governo do presidente Joe Biden e aceita pelos palestinos, havia uma fase de trégua de seis semanas com retirada de parte das tropas israelenses e a libertação dos reféns, com um segundo momento de desocupação total do exército.

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Enquanto as negociações seguem emperradas, embora Blinken tente vender que há avanços, na Cisjordânia ocorre o aumento das hostilidades por parte dos colonos israelenses contra palestinos. O Secretario dos EUA apelou para que este tipo de violência cesse para não ampliar ainda mais as mortes entre palestinos.

Ele também teme que seus esforços por uma resolução voltem à estaca zero caso o Irã ataque Israel pela morte, em seu território, do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, ou do Hezbollah pela morte do comandante Fuad Shukr, em bombardeio promovido pelo exército de Netanyahu, em Beirute, capital do Líbano.

*Com agências internacionais

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Última Atualização: 20/08/2024