O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

A Casa Branca desmentiu uma fala do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre supostas conversas para discutir sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Embaixada do país no Brasil negou que a delegação chefiada por David Gamble, coordenador interino do escritório de sanções do Departamento de Estado americano, seja para discutir o tema.

Segundo o governo americano, a viagem de Gamble ao Brasil será para debater o “combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas” e o convite foi feito pelo próprio Palácio do Planalto. A notícia falsa foi impulsionada por diversos veículos de imprensa locais.

“O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”, diz a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

Eduardo disse que a visita teria como objetivo discutir sanções contra o ministro por “violações de direitos humanos”. “Quando eu disse que a batata do Alexandre de Moraes estava esquentando aqui nos Estados Unidos, pode ter certeza que está esquentando de verdade”, afirmou o deputado licenciado.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Eduardo Bolsonaro durante encontro na Casa Branca em 2019. Foto: Joyce N. Boghosian

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos em março deste ano e se licenciou do mandato alegando que buscaria “sanções aos violadores de direitos humanos”. Após o esclarecimento da embaixada, ele não voltou a se manifestar sobre o tema.

Apesar de o objetivo da viagem de Gamble não ser a discussão de sanções contra Moraes, o ministro é alvo de uma ação movida pela rede social Rumble e pela Trump Media Group, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O processo cita supostas violações de princípios constitucionais de liberdade de expressão, mas ainda não teve grandes movimentações desde que foi protocolado, em fevereiro deste ano, no Distrito Central da Flórida. No mesmo período, a juíza Mary Scriven, que é responsável pela ação, negou um pedido de liminar para anular decisões do ministro contra a Rumble no Brasil.

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Last Update: 05/05/2025