Os sinais de queda vistos no mercado de ações nos Estados Unidos são apenas uma das diversas evidências que devem levar investidores e autoridades a começarem a se preparar para uma desaceleração econômica ou mesmo uma recessão nos Estados Unidos.

Além das quedas acumuladas nos principais índices do mercado acionário (S&P 500 tem perda anual de 6% em 2025, e o índice Dow Jones acumula perda de 4%), a economista Dambisa Moyo lista, em artigo publicado no site Project Syndicate, outros itens a serem acompanhados:

Enfraquecimento da indústria – O Índice ISM de Manufatura caiu para 50,3 em fevereiro, abaixo das previsões do mercado. A queda nos novos pedidos, em parte devido às incertezas sobre tarifas, contribuiu para esse desempenho negativo.

Desaceleração do emprego – A criação de empregos não-agrícolas ficou abaixo das expectativas em fevereiro, com 151 mil novas vagas, inferior à média dos últimos 12 meses. Além disso, a média semanal de horas trabalhadas atingiu o menor nível em cinco anos.

Aversão ao risco no mercado financeiro – O rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos caiu para 4,16%, refletindo a busca por ativos mais seguros. Por outro lado, a cotação do ouro valorizou-se 40% desde o início de 2024 e pode atingir US$ 3.000 por onça-troy até o fim de 2025.

De acordo com a articulista, um dos sinais mais preocupantes a serem vistos é a projeção traçada pelo modelo GDPNow do Federal Reserve de Atlanta, que projeta uma contração de 2,4% no PIB para o primeiro trimestre, mas esse número pode ser exagerado.

Embora economistas já comecem a revisar seus prognósticos, Dambisa Noyo diz que “a gravidade e a duração de qualquer eventual recessão dependerão de fatores imprevisíveis – especialmente tarifas comerciais e tensões geopolíticas”.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 18/03/2025