Em atualização – Vários ataques aéreos lançados pelo imperialismo norte-americano e pelo imperialismo britânico atingiram um bairro residencial no distrito de Sha’ub, ao norte de Saana, capital do Iêmen.
O ataque, de acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde do Iêmen, Anis al-Asbahi, resultou no martírio de 13 civis e no ferimento de outros nove, a maioria em estado grave. Enquanto isso, equipes de Defesa Civil continuam as operações de resgate na área afetada.
De acordo com a emissora libanesa Al Mayadeen, fontes militares norte-americanas revelaram que aviões de guerra dos Estados Unidos decolaram do porta-aviões USS Harry Truman, no Mar Vermelho, para lançar ataques contra alvos no Iêmen. Enquanto esperava-se uma reação do Ansar Alá, partido que governa o país árabe, as agressões imperialistas foram retomadas, tendo como alvo a cidade de Saada, no norte do país, em meio à continuidade dos bombardeios aéreos.
Pouco depois, Saada foi novamente atacada por uma série de ataques aéreos realizados por aeronaves dos Estados Unidos e do Reino Unido. Em seguida, um novo ataque teve como alvo os arredores da cidade de Dhamar e o distrito de Ans, a leste da província de Dhamar, além de outro ataque à província de al-Bayda, no centro do Iêmen.
De acordo com a agência britânica Reuters, um membro do governo norte-americano informou que os bombardeios contra o Iêmen podem durar dias e possivelmente semanas.
Um outro ataque aéreo norte-americano atingiu uma pedreira a leste da cidade de Dhamar. Outros oito ataques aéreos lançados por aviões de guerra atingiram a província de al-Bayda.
Em resposta às agressões, o Conselho Político Supremo do Iêmen declarou que “a punição dos invasores do Iêmen será realizada de maneira profissional e dolorosa”. Leia abaixo a declaração na íntegra:
“Atacar civis prova a fraqueza dos Estados Unidos; isso não nos deterá em nosso apoio a Gaza, mas, ao contrário, levará a uma escalada ainda mais forte e severa.
Reafirmamos ao resistente povo iemenita que os agressores serão punidos de maneira profissional e dolorosa.
Os Estados Unidos, junto com a entidade sionista, falharão e recuarão em desgraça e derrota, assim como ocorreu na batalha do Dilúvio de Al-Aqsa.
Conclamamos a comunidade internacional a cumprir suas responsabilidades diante da imprudência dos Estados Unidos e de “Israel”, cujas consequências afetarão a todos.
As operações navais iemenitas continuarão até que o cerco a Gaza seja levantado e a ajuda humanitária seja permitida.
Os bombardeios norte-americanos contra o Iêmen representam um retorno à militarização do Mar Vermelho e constituem uma ameaça real à navegação internacional na região.”
O chefe da delegação de negociações do Iêmen, Mohammed Abdul Salam, reiterou que os bombardeios são uma agressão flagrante contra um Estado soberano. Ele também declarou que as ações criminosas incentivam “Israel” a continuar seu cerco a Gaza.
Abdul Salam também aproveitou a oportunidade para desmentir que o Iêmen estaria impedindo a navegação internacional no Estreito de Bab Al-Mandeb – mentira esta disseminada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “A proibição marítima anunciada pelo Iêmen se restringe apenas à navegação israelense, até que a ajuda humanitária seja permitida em Gaza”, concluiu o dirigente árabe.
Apesar das alegações de que o Reino Unido e outros países europeus e árabes não estão envolvidos no ataque dos EUA ao Iémen, aeronaves de reabastecimento americanas e britânicas foram avistadas nos céus da Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos.