As forças militares dos Estados Unidos atacaram mais de mil alvos no Iêmen desde que Washington lançou uma campanha aérea contra os rebeldes houthis em meados de março, disse o Pentágono nesta terça-feira 29.
Os houthis, que controlam vastas áreas do Iêmen, começaram a atacar embarcações no Mar Vermelho e no Golfo de Áden no final de 2023, alegando solidariedade com os palestinos em Gaza, devastada pelo exército de Israel após um ataque surpresa do Hamas em outubro daquele ano.
Também atribuem regularmente lançamentos de mísseis diretamente a Israel, que afirma interceptá-los.
Desde 15 de março, “os ataques do Centcom [comando militar americano para o Oriente Médio] atingiram mais de 1.000 alvos, matando combatentes e líderes houthis […] e degradando suas capacidades”, declarou nesta terça, em comunicado, Sean Parnell, um porta-voz do Pentágono.
O Reino Unido acrescentou nesta quarta-feira 30 que se juntou aos Estados Unidos nos ataques mais recentes contra os houthis.
“As forças britânicas participaram de uma operação conjunta com as forças americanas contra um alvo militar houthi no Iêmen”, afirmou o Ministério da Defesa em comunicado.
Segundo o texto, a Real Força Aérea britânica atacou pela noite edifícios situados cerca de 25 km ao sul da capital iemenita Sanaa, utilizados pelos rebeldes para fabricar drones.
O Reino Unido participa dos bombardeios liderados por Washington contra os rebeldes desde o início de 2024.
No domingo, o Centcom havia estimado em mais de 800 os alvos atingidos desde meados de março e garantiu que centenas de combatentes houthis haviam morrido como consequência.
Horas depois desse anúncio, meios de comunicação controlados pelos houthis afirmaram que os ataques americanos haviam atingido um centro de detenção de migrantes na cidade de Saada, matando pelo menos 68 pessoas, enquanto um porta-voz da ONU disse mais tarde que as informações preliminares indicavam que os mortos eram de fato migrantes.
Segundo um funcionário da Defesa dos Estados Unidos, as baixas civis desses ataques estão sendo investigadas.
Os ataques dos houthis, apoiados pelo Irã, impediram o trânsito de navios pelo Canal de Suez, uma rota vital por normalmente transita cerca de 12% do comércio mundial.