O secretário de Estado dos Estados Unidos Marco Rubio anunciou na última quarta-feira (28) uma política de restrição de vistos para autoridades estrangeiras e pessoas envolvidas na censura de cidadãos americanos. A medida, que não detalhou alvos específicos, prazos ou tipos de sanções, visa combater a repressão à liberdade de expressão de empresas de tecnologia americanas, com foco em regiões como América Latina e Europa. Rubio declarou no X que “a liberdade de expressão é essencial ao estilo de vida americano – um direito inato sobre o qual governos estrangeiros não têm autoridade”.
A decisão ocorre após Rubio mencionar a possibilidade de sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal brasileiro Alexandre de Moraes, enquadrado na Lei Global Magnitsky, algo inédito para um juiz de uma corte suprema. Rubio também criticou a Europa, ecoando o vice-presidente J.D. Vance, que em fevereiro condenou aliados europeus por limitarem a liberdade de expressão ao combaterem discursos de ódio. A Lei Europeia de Serviços Digitais, que regula plataformas online, é vista pelo governo americano como incompatível com os padrões dos EUA.
Na última terça-feira (27), o Departamento de Estado suspendeu entrevistas para vistos de estudantes e intercâmbio, intensificando a análise de redes sociais dos candidatos. Um comunicado oficial afirmou: “usamos todas as informações disponíveis em nossa triagem e verificação de vistos”.