Avibras, em Jacareí (SP). Foto: Claudio Vieira/Sindicato dos Metalúrgicos

Os Estados Unidos ameaçaram impor um embargo à Avibras Aeroespacial se a empresa brasileira, que está em recuperação judicial desde março de 2022, vender 49% de suas ações para a estatal chinesa Norinco.

A possibilidade de embargo foi relatada por representantes do governo dos EUA a membro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Avibras acumula uma dívida de R$ 600 milhões e corre risco de falência se a venda não for concretizada.

A possível aquisição da empresa brasileira pela Norinco, já aprovada por três oficiais-generais brasileiros, preocupa os EUA devido ao risco de a China acessar tecnologia militar norte-americana sensível. O embargo proibiria a Avibras de usar produtos norte-americanos, um impacto significativo, já que muitos de seus sistemas dependem de tecnologia dos EUA.

A estatal chinesa foi sancionada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em 2021. Na ocasião, o democrata argumentou que a companhia representa ameaça para a “segurança nacional, política externa e economia”.

“O uso de tecnologia de vigilância chinesa fora da República Popular da China e o desenvolvimento ou uso dessa tecnologia para facilitar a repressão ou abusos graves aos direitos humanos constituem ameaças incomuns e extraordinárias”, disse Biden na época.

Recentemente, a Norinco enviou uma carta às autoridades brasileiras comunicando seu interesse em adquirir 49% das ações da Avibras, após a desistência do grupo australiano DefendTex.

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Última Atualização: 01/07/2024