Nesta terça-feira (14), Antony Blinken, o Secretário de Estado do governo Joe Biden, participou de conferência do Atlantic Council, think-tank do imperialismo, ocasião em que criticou a estratégia de guerra de “Israel”, a qual é uma receita para “guerra perpétua”.
Segundo Blinken, os EUA vem “há muito tempo” deixando “claro ao governo israelense que o Hamas não pode ser derrotado apenas por uma campanha militar”, e que sem uma alternativa imperialista para ser colocada no lugar do Hamas após a guerra, o partido palestino “ou algo tão […] perigoso, crescerá novamente”.
O Secretário de Estado destacou que “é exatamente isso que aconteceu no norte de Gaza desde 7 de outubro. Cada vez que Israel conclui suas operações militares e recua, os militantes do Hamas se reagrupam e ressurgem porque não há mais nada para preencher o vazio”, acrescentando que “o Hamas recrutou quase tantos novos militantes quanto perdeu”.
As declarações Blinken, um representante do imperialismo, político insuspeito de qualquer apoio ao Hamas, servem para mostrar que “Israel” não conseguiu se sobressair militarmente sobre a Resistência Palestina, quanto mais eliminar o Hamas, como Netaniahu havia dito logo após a Operação Dilúvio de al-Aqsa. O fracasso de “Israel” obrigou a entidade sionista a negociar novamente um cessar-fogo, o qual estaria prestes a ser firmado, acordo que poderia resultar na libertação de milhares de prisioneiros palestinos e na retirada das forças de ocupação da Faixa de Gaza, o que seria uma vitória para o Hamas, demais organizações da Resistência e o povo palestino.
