Presidente brasileiro discutiu cooperação em infraestrutura, segurança, energia e comércio em encontros bilaterais durante a Cúpula Brasil-Caribe
Em um dia marcado por diálogos estratégicos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprofundou as relações entre o Brasil e nações caribenhas durante a Cúpula Brasil-Caribe. Ao longo desta sexta-feira (13), Lula reuniu-se com líderes da Guiana, Haiti, República Dominicana e Barbados, abordando desde projetos de infraestrutura até cooperação em segurança e transição energética.
Com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, o tema central foi o desenvolvimento logístico para impulsionar o comércio regional. Em pauta, a pavimentação da rodovia que liga Boa Vista (RR) a Georgetown, obra que deve facilitar o escoamento de produtos brasileiros para o Caribe. Além disso, os dois mandatários alinharam posições para a COP30, com foco na conservação de florestas e biodiversidade.
A crise haitiana exigiu atenção especial. Em encontro com Fritz Jean, presidente do Conselho Presidencial de Transição do Haiti, Lula reafirmou o compromisso do Brasil em ajudar a mobilizar a comunidade internacional em favor da estabilização do país. Jean agradeceu pela oferta de treinamento a 400 policiais haitianos, que começa em agosto, e pediu cooperação técnica para recuperar a produção agrícola local, essencial para combater a insegurança alimentar.
Com Luis Abinader, presidente da República Dominicana, as conversas giraram em torno de parcerias em bioenergia e defesa. O Brasil, referência em combustíveis renováveis, discutiu a ampliação do uso de etanol na matriz energética dominicana, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis. Abinader também demonstrou interesse em equipamentos militares brasileiros, sinalizando possíveis negócios futuros.
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Já o diálogo com Mia Mottley, primeira-ministra de Barbados, destacou a importância dos oceanos na agenda climática e a necessidade de reformas no sistema financeiro global para garantir recursos a países vulneráveis. Mottley celebrou a abertura de novas rotas aéreas entre o Norte/Nordeste brasileiro e Barbados, facilitando não só o turismo, mas também o comércio. “Bridgetown pode se tornar um hub de distribuição de produtos brasileiros para toda a região”, afirmou.
Os encontros reforçaram o papel do Brasil como interlocutor chave no Caribe, indo além da retórica e avançando em projetos concretos. Seja na pavimentação de estradas, no treinamento de policiais ou na expansão do etanol, a mensagem foi clara: a aproximação com os vizinhos caribenhos é prioridade.
Enquanto o sol se punha em Brasília, Lula deixava claro que, mais do que discursos, essa cúpula significava ações – e que o Brasil está de volta ao jogo geopolítico regional.
Com informações da Secretaria de Comunicação da Presidência*