A Neura, em parceria com a PiniOn, lançou o estudo “Permanência da Impermanência”. Ele analisa como as pessoas enfrentam o envelhecimento e as mudanças ao longo da vida.

Para isso, a pesquisa combina neurociência e análises de mercado. O objetivo é investigar decisões subconscientes e propor formas de adaptação para indivíduos e negócios.

De acordo com André Cruz, CEO da Neura, “a vida é uma jornada, marcada por nascimento, morte e impermanência. Propomos reflexões sobre o impacto do tempo e formas de repensar o consumo e a sociedade”.

Percepções sobre planejamento e envelhecimento

Os dados mostram que 80% dos entrevistados acreditam ser possível se preparar para um envelhecimento mais saudável. No entanto, apenas 4% relataram que sempre se planejaram para isso. Outros 9% disseram que mudaram hábitos recentemente.

Além disso, os entrevistados apontaram práticas como alimentação balanceada, exercícios físicos e cuidados com a saúde mental. Para 71%, essas ações são prioritárias para melhorar a qualidade de vida.

Embora o envelhecimento não seja um tema tabu para a maioria, o estudo identifica diferenças entre grupos. Por exemplo, 17% das mulheres se preocupam com termos associados à idade, o dobro da preocupação entre homens. Já as classes sociais mais altas demonstram maior incômodo com o tema.

Impactos da impermanência

De acordo com o estudo, a impermanência envolve aceitar mudanças como parte da vida. Essa visão influencia tanto comportamentos pessoais quanto tendências culturais e sociais.

Por isso, o estudo sugere que as mudanças, embora rápidas, podem trazer novas formas de continuidade. Segundo Cruz, “a impermanência oferece uma perspectiva flexível, considerando vivências pessoais e contextos socioculturais”.

Desafios do envelhecimento e desigualdades sociais

O levantamento também aponta como classe social e visão de mundo afetam o planejamento para o futuro. Apenas 7,9% das pessoas da Classe A não se preparam para o envelhecimento, enquanto o número sobe para 32,3% na Classe DE.

Além disso, minorias enfrentam desafios específicos. Por exemplo, pessoas negras têm menor expectativa de vida. Já mulheres lidam com mais dificuldades relacionadas à passagem do tempo.

De acordo com Zed, coordenador criativo do estudo, “não vivemos as mesmas 24 horas. Mulheres e minorias enfrentam desafios únicos com o tempo”.

Mudanças no consumo e na relação com marcas

A pesquisa também destaca mudanças no comportamento dos consumidores. Cerca de 35% dos entrevistados disseram buscar produtos que reflitam os esforços para uma vida mais longa e qualitativa.

Por isso, Carolina Dantas, co-CEO da PiniOn, enfatiza a importância de adaptação. Segundo ela, “as marcas precisam apoiar a sociedade na adaptação à impermanência. Utilizamos cinco metodologias para chegar a esses resultados, incluindo pesquisas qualitativas e quantitativas”.

Vida impermanente e novos comportamentos

Ainda segundo o estudo, viver de forma impermanente significa aproveitar o presente de maneira consciente. Isso não implica sair da zona de conforto, mas sim valorizar momentos oportunos.

Além disso, a pesquisa analisou setores como esportes, moda e beleza. A inclusão, o autoconhecimento e a personalização foram identificados como fatores importantes.

“O futuro impermanente é diverso e em constante construção. É preciso estar aberto a mudanças”, finaliza Bruno Stassburger, pesquisador da Neura.

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Last Update: 07/12/2024